quinta-feira, 25 de agosto de 2011

SORTEIO DA CHAMPIONS LEAGUE, VALEU POR PUYOL...

Em tempos de globalização, o futebol sem fronteiras, cria barreiras dentro do próprio continente que monipoliza o esporte.

O continente europeu se reduz, cada ves mais, à meia dúzia de gigantes. O próprio Milan, hoje esteve depreciado. No sorteio foi colocado pelo índice da Liga no "Pote 2" (grupo de clubes que já não encabeçam chave). Assim, o clube italiano acabou por ter que enfrentar o Barcelona já na primeira fase.

No evento, além da concentração das atenções em pouquíssimos clubes, também se reafirmou a tendência de supervalorizar um ou outro nome, dentre os inúmeros craques que se apresentam nos gramados da Europa.

No final da cerimônia, foram chamados ao palco Cristiano Ronaldo, Xavi e Messi. Os três eram concorrentes ao título de melhor jogador da temporada anterior - como se fosse uma novidade... o que, evidentemente não era. Messi, há pouco, ganhou o título de melhor jogador do Mundo, logo, era apenas mais uma jogada de marketing.

Lance do mundo mercadológico que afeta decisivamente o futebol e que parece incomodar os próprios astros. Cristiano, de uma lado, Messi e Xavi, de outro, foram entrevistados pelos mestres de cerimônia e, enquanto se insistia em mostrá-los como os indivíduos decisivos nas partidas de seus clubes, os três rebatiam, fazendo questão de declarar que futebol é um jogo coletivo.

Ou seja, os indiscutíveis grandes craques do momento, afirmavam o que todos nós sabemos, mas a mídia e os patrocinadores do futebol não querem aceitar. Sinal de que patrocinar um é muito mais fácil do que toda uma equipe. Não é mesmo?

Contudo, talvez o detalhe mais digno de comentários de todo o evento foi a forma com que se apresentou o zagueiro Charles Puyol, o responsável por deixar no palco a taça que estava em poder do seu poderoso Barcelona, último campeão da Champions.

Puyol adentrou no cenário onde seria realizado o sorteio e, em meio aos trajes de gala que caracterizam historicamente a cartolagem mundial, apareceu vestido com uma camisa pólo do Barça, bermuda xadrez e tênis.

Vale lembrar que o craque participa ativamente do movimento grevista dos jogadores da Liga de Futebol Espanhol (LFP). O que pode fazer pensar que a forma com que se trajou seria uma maneira encontrada para protestar.

Figo foi impecavelmente trajado em seu terno. Outros jogadores também. É próprio do universo do futebol as pressões sobre o modo com que se trajam os jogadores em eventos oficiais. E Puyol fugiu à regra.

Justiça seja feita, também foi bem legal rever Ruud Gullit em imagens dos anos 80, com seu futebol espetacular. Mas, no palco não deixou de se apresentar como manda o figurino, cumprindo todas as normas de exigência: terno, gravata, sem bigode e de cabelo ultra-aparado, contrariando a imagem de uma vasta cabelereira apresentada no telão de seus tempos fantásticos de Milan e seleção holandesa.

Ah! O vencedor da disputa entre Cristiano Ronaldo, Xavi e Messi, não é necessário nem dizer quem ganhou...

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