sexta-feira, 30 de março de 2012

TORCIDAS UNIFORMIZADAS: É A QUESTÃO?

Charge publicada pelo Lance! - diário esportivo de São Paulo.





Para se refletir, nada melhor que a arte...

Sejam as ácidas, como a do chargista Gustavo Duarte

ou

as açucaradas...

melosas, de uma inocência impossível, como a da música e de Roberto Carlos.

Uma mensagem emblemática, ainda mais quando vem com o vídeo produzido pela Rede Globo, em 1982 - menos de 10 anos antes da explosão de violência entre as Uniformizadas:



sábado, 24 de março de 2012

CHICO ANYSIO MUITO ALÉM DO HUMOR, NO FUTEBOL

Chico Anysio durante toda a sua vida não cansou de declarar sua paixão ao Ceará, ao Futebol e ao Palmeiras.
Acervo histórico da S.E. Palmeiras

A primeira publicação que tenho lembrança de ter ganho de presente foi uma Placar, no início dos anos 1980.

Uma edição comemorativa, cada uma a um clube especificamente. Era a mim oferecida por um pai ancioso por ver seu filho seguir o gosto pela Sociedade Esportiva Palmeiras.

Uma das matérias que mais chamava minha atenção era a daquele cara que sempre via na TV.

Aquele que falava todo domingo no Fantástico, que todo mundo em casa se calava para ver.

Chico aparecia na revista, vestindo a camisa do Palmeiras, enumerando os motivos que o fizera um apaixonado, desde moleque, por um clube localizado a milhares de distância de sua terra natal.

A culpa daquela paixão, pode-se dizer, era de responsabilidade do pai de Chico que, enquanto dirigente do Ceará Sporting Club, no emblemático ano de 1938, convidou o Palestra Itália para uma série de amistosos em Fortaleza.

As apresentações vitoriosas chamaram para sempre a atenção daquele garoto. 

Menino que, com um coração esverdeado, cresceu. E que, antes de se tornar o grande artista brasileiro que foi, viveu a fundo o futebol tupiniquim, atuando como comentarista esportivo.

Sobre essa experiência, sobre o amor do artista ao Futebol e ao Palmeiras, vale ouvir uma entevista concedida ao programa Ensaio da TV Cultura de SP.

Vale ver do próprio Chico Anysio o que ele pode viver do nosso futebol.

Enfim, vale ouvir o genial Chico resenhando gênios da bola:

sexta-feira, 23 de março de 2012

LUDOPÉDIO DESTACA "MEMÓRIAS EM JOGO"

Ludus = jogar + Pedis = pé: site se propõe a estabelecer uma rede de informações sobre Futebol.


O Ludiopédio tem a proposta de trazer o tema Futebol, a partir de olheres marcados pela interdisciplinaridade, fortementemente marcado pelas Ciências Sociais.

E hoje o Ludopédio dedica um espaço a minha dissertação de mestrado


que a partir deste momento também estará disponível para baixar na Biblioteca do site.

O conteúdo do Ludopédio - evidente que não pela meu trabalho, mas por muitas outras atrações - é uma ótima oportunidade para se praticar um esporte que vem cada dia mais se tornando o preferido do muitos:

o de pensar futebol!


LÉO ROCHA CONSEGUIU DAR UMA DE "TREZE"!

Para quem assistiu o jogo - e não é um botafoguense inveterado - teve todos os elemtos necessários para se simpatizar pela classificação do Treze.

A equipe bem ajustada pelo tecnico Carlinhos Carioca não encantava pelo indície técnico, contudo nesse quesito também não decepcionava.

Porém, enquanto o Bota partia para cima e o relógio acelerava os ponteiros, a disposição tática e, sobretudo, a dedicação dos jogadores era interessantíssima.

O goleiro, esse sim (!), empolgava. Beto fez excelentes defesas.

Eis que, no fim, após um heróico empate e após uma série de disputas de pênaltis, precedida por uma ridícula cobrança do zagueiro do time paraibano, Anderson, vem Léo Rocha.

O irmão de Carlinhos Paraíba, rodado no Brasil e no Exterior, de 27 anos, simplesmente faz aquele movimento, como se estivesse num "casado e solteiro" ou como se fosse o Messi contra o Getafe.

E ele conseguiu!

Fez com que a Paraíba inteira - melhor dizendo - fez com que todos os não-botafoguenses do mundo o odiasse.

Caso o Treze, da "distante" (preconceitos dos eixos geográficos tradicionais) Campina Grande, tivesse realizado a mesma trajetória, no dia de hoje, até o roupeiro do time seria elogiado e procurado por empresários.

Mais uma história para o maior espetáculo da Terra: O FUTEBOL!

quarta-feira, 14 de março de 2012

GREVE NACIONAL DOS PROFESSORES COMEÇA HOJE

Nem mesmo o mínimo concedido pelo governo Dilma Rousseff querem pagar aos professores do Brasil!
losrogerio.blogspot.com

Emprestando as palavras que a professora Amanda colocou em seu blog:

"... no dia 27 de fevereiro o Ministério da Educação (MEC) calculou o percentual de reajuste do Piso Salarial Nacional dos professores em 22,22%, fixando o salário em R$ 1.451 para uma jornada de 40 horas semanais. Atualmente, o cálculo é feito com base no crescimento do valor mínimo investido por aluno através do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica, o Fundeb. Segundo a Lei do Piso, nenhum professor pode receber abaixo do determinado.

[Contudo] muitos deles [governadores e prefeitos] argumentam que não podem pagar o valor e apóiam um perigoso projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados. O projeto defende que o reajuste do Piso deveria ser corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), ou seja, apenas a variação da inflação, que foi de 6% em 2011. A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara já deu parecer positivo e um novo golpe se aproxima contra nossa remuneração."

Assim, a famosa professora convoca seus colegas brasileiros para aderir a luta que além de repudiar o golpe sobre o mínimo - mínimo mesmo - salário do professorado do Brasil também reivindica o uso dos 10% do PIB para a educação - conforme indica nossa própria constituição.

guilhermecastelo.blogspot.com

Portanto,

Entre os dias 14 e 16 de março de 2012, quarta, quinta e sexta-feira desta semana as escolas públicas de nível básico, em todo Brasil, tanto das redes municipais quanto estaduais paralisarão suas atividades para protestar contra o descaso de grande parte dos gestores públicos em não garantir educação de qualidade socialmente referenciada para todos. A greve em nível nacional está sendo organizada pela CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) e a nível dos estados está sendo organizadas pelos sindicatos da educação (...)

Em âmbito nacional, a Greve marcará o início de uma ampla jornada de luta dos trabalhadores por educação pública, gratuita, universal, laica, de qualidade (com equidade), e por valorização profissional, devendo um de seus desdobramentos culminar na denúncia de governadores e prefeitos - desrespeitadores da Lei do Piso - à Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a outras instituições internacionais, além dos órgãos do Poder Judiciário nacionais.

Pauta da Greve (Reivindicações):

1. Ampliar o investimento em educação para 10% do Produto Interno Bruto (PIB), ao longo da próxima década, e exigir a aprovação do novo Plano Nacional de Educação;

2. Garantir o cumprimento imediato e integral da lei federal nº 11.738, a Lei do Piso Salarial Nacional, que significa pagar o piso de R$ 1.451 por 40 horas e conceder 1/3 de hora-atividade para o planejamento de aulas.

3. Implementar a gestão democrática em todas as escolas e os sistemas de ensino, conforme preceitua as normas educacionais e o Estatuto da Criança e do Adolescente;

4. Impedir a terceirização das funções escolares, sobretudo daquelas desempenhadas pelos funcionários da educação; e

5. Assegurar outras pautas locais (dos municípios) da educação e de seus trabalhadores.



(fonte: msnoticias)
lbehappy.blogspot.com



quinta-feira, 8 de março de 2012

CRIANÇA NÃO TRABALHA, CRIANÇA NÃO JOGA BOLA, CRIANÇA O QUE FAZ? REPERCUSSÕES DO CASO WENDEL X VASCO DA GAMA

Faz exatamente um mês que o garoto Wendel, de 14 anos, morreu aos 12 minutos de atividade na peneira do time sub-15 do Vasco.
blogdogil.spaceblog.com.br
Aniversário de 1 mês do ocorrido.

E, talvez, não por mero acaso, justamente depois de uma quarta espetacular propiciada pelos astros Messi e Neymar e bem no Dia Internacional da Mulher o assunto vem à tona através de alguns meios de comunicação.
O tema é delicadíssimo, pesado.

O Ministério Público manifesta-se em duas frentes a respeito não só do acontecido como também do tratamento que se dá aos garotos de categorias de base do futebol - agora, com êfase ao Vasco: por parte da Promotoria da Infância e da Juventude e da Procuradoria do Trabalho.

Ambas têm duas mulheres no comando: a promotora Clisanger Ferreira Gonçalves que é responsável pela apuração de casos de violação dos direitos da criança no Rio, e Danielle Cramer, procuradora do Trabalho.



As duas têm a mesma linha de pensamento: observam “irregularidades”, “alojamentos precários”, “pouco contato com a família” e que os meninos “não conseguem acompanhar a escola”.



Além disso, reclamam que “os meninos não têm contrato de trabalho, nem de aprendiz” e “têm que aguentar uma carga excessiva de treinamento para a idade”.



Palavras que após o caso Wendel chegam até nós com uma ênfase jamais vista.
Pois bem!
Não é novidade para ninguém que o ritmo de trabalho nas categorias de base é intenso. Tão intenso que, contraditoriamente, atrapalha o próprio futebol que, ao longo da carreira, os meninos – cada vez mais hipertreinados – parecem perder.
Isso, precisa mesmo ser revisto. Principalmente, pelos responsáveis por desenvolver a prática futebolístico da molecada em geral.

Quanto aos alojamentos, historicamente, as condições sempre foram difíceis. E, ao mesmo tempo, surge como experiência interessante por parte de muitos atletas. É só procurar as memórias de Zizinho, Nilton Santos, Zico, Pepe e tantos outros tão consagrados ou não. Além dos próprios garotos da atualidade.

Dá pra se melhorar muito, sem dúvida.
Contudo, preocupa o tom que se dá para as palavras da promotoria.

As assertivas sobre o universo dos rapazes que se lançam ao desfio futebolísticos é muito semelhante ao do mundo do trabalho há alguns anos atrás.

Com relação à entrada do jovem no mercado, há décadas atrás, afirmações de inúmeros setores, criminalizaram o trabalho dos jovens. Resultado: afastamento da vida produtiva daqueles quem tinham tanto vontade quanto energia de sobra para, ganhar seu pão e experiências de um universo totalmente novo.
Aos meninos-homens e meninas-mulheres, que – como eu – foram trabalhar em diversos empregos aos 14, 15, 16 anos de idade, viu-se surgir uma geração excuída dessa importante vivência.

E hoje? O que aconteceu? Que faz a maioria dos jovens?

Estudam? Produzem? Têm um cotidiano que os prepara realmente para as mais variadas exigências da cidadania?

Vemos jovens, ao montes, revoltados, perdidos, apáticos diante de uma escola que, nem de longe, dá conta dos seus anceios. Vê-se meninos-homens e meninas-mulheres infantilizados, para a suas consequentes frustrações.
E a família? Está presente na vida de jovens que deveriam ter uma rotina casa-escola-escola-casa?

Jamais! Mas, nem no caso de criancinhas de 5 anos. As mães e os demais membros têm que sair para o trabalho, por “opção” ou não.

Enfim, nem escola, nem família e nem o trabalho. O que lhes sobra? As drogas, o tráfico, a apatia, a televisão, o computador – para os que têm – e, até há pouco, o futebol.

Até agora foi o futebol a atividade simples, mais importantíssima. Esporte que  conseguia agregar o grande sonho de se tornar um jogador profissional, um provável emprego de um provável retorno financeiro e pessoal.

Por isso, até nossos dias, apesar das dificuldades geradas pelas escolinhas e pelos empresários, apresentar-se num time era sensacional!

Poder pisar no terrão e contar essa aventura emociante para os amigos era um grande objetivo dos rapazes. Coisa tão simples para muitos. Mas, diante das palavras das promotoras, parece que tenderá a ser cada vez mais difícil, mais burocratizada, agora, também pelos entraves do Estado.

Aqui não se tem a mínima intenção de defender o Vasco. Mesmo porque não se ganha nada para isso.

O que deve ser entendido  é que o garoto Wendel estava na peneira de um time, nos testes.

globoesporte.globo.com
Como exigir que um clube cuide de cada guri que se candidata a jogar no time?

De acordo com a tendência que se apresenta, as exigências farão com que nem as poucas peneiras sejam extintas.

Daqui há pouco, nem jogar bola será possível. Um pai será punido por permitir que seu filho corra atrás de uma bola. O cúmulo do desespero de uma sociedade moderna que agoniza.

Sinto por uma juventude que se empobrece cada dia mais!

* Informações sobre o caso extraído do site UOL.

quarta-feira, 7 de março de 2012

MESSI-NEYMAR QUARTA SENSACIONAL!

Neymar deve se concentrar assistindo o Barça e a genialidade de Messi.

À tarde pudemos, daqui, do Brasil, se deliciar com os lances de Messi.

O cracasso argentino marcou 5 dos 7 gols da vitória do Barcelona sobre o Bayer Leverkusen.

À noite vem Neymar. É o ápice para aqueles que amam o futebol.

O Menino da Vila arrebenta com o jogo, faz os 3 gols e garante a vitória santista.

A única explicação é que Neymar fica assitindo Messi e prometendo para si mesmo repetir o máximo possível o que viu do Argentino Fantástico!

Messi, à tarde:



Neymar à noite:

JORNAL MARCA DA ESPANHA TAMBÉM LEMBRA ANACRONIA DE VALCKE

Jérome Valcke é citado como um dirigente medieval em pleno século XXI!
O portal Terra destaca hoje o comentário feito no blog do jornalista Fernando Llamas no "Marca" - princiapal diário esportivo espanhol.




Tal como ontem nos referimos - JÉROME VALCKE DESRESPEITO ANACRÔNICO -, o jornalista espanhol também afirmou que Jeróme Valcke comete anacronismos profundos.




Ou seja, não percebe o quanto atitudes desrespeitosas como as que comenteu são próprias de um outro momento da História.




Sugerir chutar o traseiro de um país considerado de terceira são do tempo em que senhores sujeitavam servos ao seu bel prazer. Ou em que a França de Valcke e outros países europeus eram impérios com colônias em outros continentes.

Algo muito próprio nas Idades Média e Moderna e que deu bases para pensamentos racistas e preconceituosos que percorreram todo o século XX.




Porém, hoje, num outro momento, o da globalização, o da pulverização da ordem política e econômica mundial, isso não cabe mais.

Ainda mais com relação a um Brasil que a cada dia - aos trancos e barrancos, é bem verdade - se impõe no cenário geopolítico mundial.




Por isso, o jornalista espanhol Fernando Llamas também foi taxativo:

"o secretário se excedeu com uma linguagem ofensiva. (...) honra e orgulho feridos da presidente Dilma Rousseff e de todo o governo brasileiro" (...).

Por consequência o espanhol do Marca afirma:

"Esta crise deveria custar o futuro de Valcke, mas não vai ser assim. (...) o secretário-geral reconduzirá seu destino como sucessor de Blatter, haverá Mundial no Brasil e tudo isso não ficará mais do que como um outro exemplo dos excessos de alguns dirigentes esportivos que, embriagados de poder, creem-se com o 'direito da primeira noite' ('ou direito das primícias') em pleno século XXI".

Em outras palavras, para Llamas, o secretário-geral da FIFA se comporta como um senhor feudal.

muitomaispaulista.blogspot.com
Um homem que, nos dias de hoje, ainda acredita que possue todos os direitos sobre o "outro", que entende como meros servos aqueles que lhe devem até o direito de lhe entregar a virgindade de suas próprias mulheres, ou seja, aqueles que lhe devem submissão total!




Esse é o exemplo de Jérome Valcke: francês e homem forte da FIFA.



terça-feira, 6 de março de 2012

JÉROME VALCKE DESRESPEITO ANACRÔNICO

Geopolítica e História faltaram para o número dois da FIFA.

Que o Brasil nunca foi tratado com respeito, não é novidade nenhuma.

Quando o assunto era administração - pública ou não -, comportamento, capacidade técnica e produtiva, o brasileiro sempre era cunhado com os termos mais depreciativos possíveis.

Cunhagem tanto dos estrangeiros, sobretudo, europeus como, por pior que pareça, por parte de muitos do próprios compatriotas.

De tal contexto, deve sair as explicações para o descaso no uso das palavras, por parte de Jérome Valcke, quando se refere aos brasileiros nas realizações para a Copa 2014.

Não que nossos representantes mereçam elogios. Muito, mas muito mesmo, longe disso.

Porém, é inadmissível os termos jocosos utilizados pelo secretário geral da FIFA.

Valcke é francês. Talvez falte-lhe perceber algumas mudanças na geopolítica mundial.

É preciso que ele entenda que tratar o Brasil, assim como as demais ex-colônias, como historicamente os europeus trataram, hoje, não é mais possível.

Através desse senhor, pode-se ter um modelo exemplar de uma sociedade em crise, que se mostra caquética.

Valcke deveria, ao menos, se perguntar:

Caso o Brasil desistisse da Copa, quem iria sediá-la?

Algum país da Europa?