quarta-feira, 31 de agosto de 2011

NO DOMINGO DE CLÁSSICOS TAMBÉM FOI BONITO DE SE VER O "FORA RICARDO TEIXEIRA" DAS TORCIDAS

O movimento contrário aos mandos e desmandos de Ricardo Teixeira, o verdadeiro "João Sorrisão", ganha cada vez mais repercussão.

Torcedores oprimidos pela parceria Rede Globo - Ricardo Teixeira estão se mobilizando e se pronunciando pelo Brasil.

Movimentos de rua são realizados e, no domingo último, nos clássicos da última rodada do primeiro turno, as arquibancadas e os arredores dos estádios também viram torcedores, das organizadas ou não, se manifestando.


Desde o momento em que as redes de televisão, sobretudo, a Rede Record, se viram excluídas de qualquer possibilidade de participar do grande filé que é o futebol dos grandes times profissionais do Brasil, Ricardo Teixeira e Rede Globo, vêem crescer à níveis nacionais o clamor dos participantes do espetáculo que não suportam mais serem oprimidos pelos interesses escusos dos que manipulam o futebol no país.

Isso não é novo. Há tempos, torcedores se manifestam em suas rodas de discussão, sejam aqueles das uniformizadas ou não, das arquibancadas ou da televisão ou até dos radinhos.

Aliás, o rádio foi um dos primeiros a se pronunciar neste sentido. Há tempos vários profissionais e empresas dedicadas a radiocomunicação se manifestam contra as entidades que exploram o futebol de clubes. Um caso exemplar é o da Jovam Pan S/A. Não é de hoje que ela se mobiliza contra horários totalmente inadequados para o espetáculo popular que é o futebol.

Segue abaixo um vídeo em que está a perspectiva de um dos torcedores que filmou o mosaico que a torcida do Palmeiras constiutiu, formando a bandeira do Brasil, em que o "ordem e progresso" foi trocado pela frase: FORA RICARDO TEIXIRA.


terça-feira, 30 de agosto de 2011

O VERDE É AZUL, O ALVI-NEGRO É ROXO, O RUBRO-NEGRO NÃO APARECE...SINAL DOS TEMPOS

A análise dos artigos esportivos é um campo muito rico para se refletir sobre as profundas transformações pelas quais passam o futebol e a sociedade de modo geral.

O jogo disputado nesta tarde de terça-feira entre Flamengo e CFZ (Centro de Futebol Zico do Rio Sociedade Esportiva), uma partida de jovens sub-15 que definiria o finalista da Copa da Amizade, não proporcionou grandes novidades. Ao contrário, aos olhos mais exigentes, pode-se dizer sem medo que foi um jogo de jovens que preocupam-se com um futebol tão burocrático quanto a maioria das equipes profissionais que acompanhamos cotidianamente. Um zero a zero daqueles "oxo", como disse certa vez Walter Abraão.

Contudo, um detalhe chamou a atenção. No meio do jogo, na transmissão do Esporte Interativo se reproduziu a afirmação de um internauta: "Muito bonito ver a camisa do Flamengo sem patrocinador". Logo, a frase foi seguida pelo cuidadoso comentário do jornalista: "É. Não estamos acostumados a ver jogos com a camisa assim...".

Não estamos mais acostumados com as camisas de nossos clubes! E o pior é que é isso mesmo!


As camisas estão soterradas por um  emaranhado de logomarcas das mais variadas formas e cores. Um verdadeiro palimpsesto que se formou no que se tem de mais emblemático no universo do futebol. Simbologia que, sem exagero, para se manter viva tem que ser cuidadosamente procurada pelos apaixonados.

O patrocínio acabou por resultar não apenas na sobreposição, mas na literal substituição dos tradicionais fardamentos - como os mais antigos chamavam os jogo-de-camisas, para se usar uma expressão, hoje, já difícil também de se ouvir.

Alterações colossais são feitas regularmente nos uniformes que passam a incorporar, cada vez mais, a ideia da marca e, obviamente, a se distanciar na mesma intensidade da tradição do clube.

Na segunda-feira, por exemplo, após o Derby entre Palmeiras e Corinthians, deu-se um caso exemplar.

Numa sala do ensino médio, 5 rapazes foram com suas respectivas camisas dos clubes de coração.


Eram 4 palmeirenses felizes com a vitória do dia anterior que exibiam orgulhosos suas camisas do time de Parque Antártica, camisas da cor... azul, sendo que a que chegava mais próxima do verde, era, na verdade, um limão fosforescente.

Já, o marrento corinthiano, desejoso por mostrar seu amor mesmo nos momentos de adversidade, vestia uma camisa em que o alvi-negro do Parque São Jorge vinha... de roxo.

Verde-esmeraldino e alvi-negro não eram vistos naquele colorido que se formou pelo amor aos clubes e ao futebol que, ao menos por enquanto, parecem permanecerem de certa forma perpetuados.

Ah! E se alguém tem essa curiosidade, o sub-15 do Flamengo ganhou nos pênaltis.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

EVENTO: FORMAÇÃO DO FUTEBOL EM SÃO PAULO

Amigos, na próxima quarta-feira, no Departamento de História da USP, às 18 horas, ocorrerá o Seminário de Pesquisa "O Período de Formação de Futebol em São Paulo (1895-1910)".


Por iniciativa do Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas sobre Futebol e Modalidades Lúdicas (LUDENS), o pesquisador Wilson Gambeta - doutorando da USP - irá oferecer uma palestra sobre os momentos iniciais do futebol em São Paulo.

O debatedor convidado é o historiador Fábio Franzini, especialista no tema.

Como já foi mencionado em outro post, diversas áreas de atuação profissional se voltam para o fenômeno futebol.

Eventos como este são sinais de quanto o futebol também abre espaços junto às Ciências Humanas, mostrando que historiadores, sociólogos, antropólogos e tantos outros estudiosos também se debruçam sobre o assunto e desenvolvem importantes trabalhos.


quinta-feira, 25 de agosto de 2011

SCOLARI DÁ UMA DE FELIPÃO: RESPONDE ARBITRAGEM, TITE E O PRÓPRIO PALMEIRAS

Diante do posicionamento repressivo da Justiça Desportiva (STJD) e de uma reação passiva da diretoria do Palmeiras, Luis Felipe Scolari dá um jeito de protestar.

Após os dois jogos de suspensão delegados para Scolari,  o Palmeiras, via seu site oficial, por intermédio do departamento jurídico do clube, se pronunciou como “satisfeito” diante da punição.


Como era de se esperar, ao menos Felipão não está satisfeito coisa nenhuma. Basta observar a entrevista de ontem.

Restou ao técnico uma atitude que pode ser perfeitamente interpretada como um ato de protesto: Felipão afirmou que abrirá mão de estar presente no banco palmeirense hoje à noite contra o Vasco.

O técnico Luiz Felipe alega que o bandeirinha escalado para o jogo é exatamente o mesmo que o expulsou no jogo que lhe rendeu a punição – uma escalação que, convenhamos, é, no mínimo, inconveniente. E, já prevendo o pior, acredita que seja melhor não estar na lateral, próximo ao mesmo.

Ao explicar sua decisão, Felipão ainda aproveitou para ironizar os últimos acontecimentos que lhe renderam repreensões e punição, além de cartões e faltas invertidas a sua equipe. Falou aos jornalistas que era melhor o Murtosa, seu auxiliar técnico estar presente, pois ele, Felipão, “FALA MUITO!”.

Em meio à gargalhada geral na coletiva, Felipão ainda encaixava um claro deboche ao seu desafeto, Tite, que no último derby lhe atribuiu a mesma frase, bem em frente aos microfones da TV em alto e bom som.

Enfim, parece que Felipão, mesmo calado pela força da instituição que manipula o futebol brasileiro, além de conseguir responder Tite, pode também mostrar parte de sua indignação para com os comandantes da arbitragem e, por incrível que possa parecer, para com os próprios dirigentes do Palmeiras.


SORTEIO DA CHAMPIONS LEAGUE, VALEU POR PUYOL...

Em tempos de globalização, o futebol sem fronteiras, cria barreiras dentro do próprio continente que monipoliza o esporte.

O continente europeu se reduz, cada ves mais, à meia dúzia de gigantes. O próprio Milan, hoje esteve depreciado. No sorteio foi colocado pelo índice da Liga no "Pote 2" (grupo de clubes que já não encabeçam chave). Assim, o clube italiano acabou por ter que enfrentar o Barcelona já na primeira fase.

No evento, além da concentração das atenções em pouquíssimos clubes, também se reafirmou a tendência de supervalorizar um ou outro nome, dentre os inúmeros craques que se apresentam nos gramados da Europa.

No final da cerimônia, foram chamados ao palco Cristiano Ronaldo, Xavi e Messi. Os três eram concorrentes ao título de melhor jogador da temporada anterior - como se fosse uma novidade... o que, evidentemente não era. Messi, há pouco, ganhou o título de melhor jogador do Mundo, logo, era apenas mais uma jogada de marketing.

Lance do mundo mercadológico que afeta decisivamente o futebol e que parece incomodar os próprios astros. Cristiano, de uma lado, Messi e Xavi, de outro, foram entrevistados pelos mestres de cerimônia e, enquanto se insistia em mostrá-los como os indivíduos decisivos nas partidas de seus clubes, os três rebatiam, fazendo questão de declarar que futebol é um jogo coletivo.

Ou seja, os indiscutíveis grandes craques do momento, afirmavam o que todos nós sabemos, mas a mídia e os patrocinadores do futebol não querem aceitar. Sinal de que patrocinar um é muito mais fácil do que toda uma equipe. Não é mesmo?

Contudo, talvez o detalhe mais digno de comentários de todo o evento foi a forma com que se apresentou o zagueiro Charles Puyol, o responsável por deixar no palco a taça que estava em poder do seu poderoso Barcelona, último campeão da Champions.

Puyol adentrou no cenário onde seria realizado o sorteio e, em meio aos trajes de gala que caracterizam historicamente a cartolagem mundial, apareceu vestido com uma camisa pólo do Barça, bermuda xadrez e tênis.

Vale lembrar que o craque participa ativamente do movimento grevista dos jogadores da Liga de Futebol Espanhol (LFP). O que pode fazer pensar que a forma com que se trajou seria uma maneira encontrada para protestar.

Figo foi impecavelmente trajado em seu terno. Outros jogadores também. É próprio do universo do futebol as pressões sobre o modo com que se trajam os jogadores em eventos oficiais. E Puyol fugiu à regra.

Justiça seja feita, também foi bem legal rever Ruud Gullit em imagens dos anos 80, com seu futebol espetacular. Mas, no palco não deixou de se apresentar como manda o figurino, cumprindo todas as normas de exigência: terno, gravata, sem bigode e de cabelo ultra-aparado, contrariando a imagem de uma vasta cabelereira apresentada no telão de seus tempos fantásticos de Milan e seleção holandesa.

Ah! O vencedor da disputa entre Cristiano Ronaldo, Xavi e Messi, não é necessário nem dizer quem ganhou...

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

FUTEBOL ITALIANO EM BAIXA, REFLEXOS DE UMA NAÇÃO EM CRISE

Hoje a Udinese, apesar de ter jogado bem, foi derrotada de virada pelo Arsenal, por 2 a 1. Dessa forma, a Inglaterra agora terá mais um time na Liga dos Campões, a máxima competição do Velho Continente.

Os torcedores da equipe de Udine, diante de um resultado até certo ponto esperado e da boa exibição do time, acabaram demonstrando apoio. Di Natale perdeu um pênalti, porém, mesmo não estando 100% em suas condições físicas, fez um golaço de cabeça. Armero, aquele mesmo do Palmeiras, jogando de meia (!?), também fez uma boa partida. 


 A Udinese que não está entre as grandes forças italianas e não fez feio.  Por isso, era possível ouvir aplausos ao final do jogo.

Contudo, pensando no restante dos torcedores de outros clubes italianos, o mesmo sentimento não deve ter se manifestado. A Itália já perdeu vaga para as próximas edições da Champions Ligue e está agora abaixo do número de clubes alemães que participarão das futuras edições.

E já não é de hoje que o futebol italiano está em crise. Ficou para trás um passado recente em que a península da bota mostrava ao mundo chuteiras que se impunham com força no continente europeu.

Reflexos de um recente histórico de problemas no futebol do país. Escândalos de manipulações de resultados que terminaram com o rebaixamento da Juventus, que custa a voltar a seus dias de glórias. Outras equipes tradicionais também enfrentam graves problemas, cujo maior exemplo é a Roma. Constantes informações nos chegam de violência entre torcidas. Na Copa de 2010, uma fraca apresentação da Azzurra...

Enfim, decadência no futebol de uma nação que enfrenta crises em outros campos: na economica, no social e na política.


Vale lembrar que a Itália vive sob o mando de Sílvio Berlusconi, que se perpetua no poder do Estado, do Milan, da mega empresa de comunicações Mediaset, e que, ainda, está à frente de bancos e outros empreendimentos, além de ter sido alvo de inúmeras acusações de corrupção e ligação com a famosa Máfia italiana.

Assim, em tempos de um Milan que se faz uma das maiores forças do futebol mundial e de um Império Berlusconi que não para de crescer, o Calcio italiano, tal como o restante a população da bota, atravessa tempos dificílimos.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

PLACAR REAL?

Site analisa os constantes e desiguais erros de arbitragem no Camponato Brasileiro da Série A.

Não são de hoje as discussões, na mídia e na alta cúpula da FIFA, a respeito das possibilidades de uso de algumas parafernálias tecnológicas que teriam a missão (impossível?) de acabar com os erros da arbitragens.

Enquanto isso, através dos espaços que se abrem na internet (até quando?), algumas iniciativas brotam de entusiastas. Pessoas não ligadas diretamente ao profissionalismo do universo futebolístico, apaixonados, dedicam parte do seu tempo para refletir sobre a prática que mexe com muita gente.

Este nosso espaço é um exemplo. Um blog que se volta para debater o tema Futebol, em relação a outros que mexem diretamente com nossa vida, com aspectos de nossa sociedade e cultura. Sempre valorizando uma perspectiva historiográfica.

Outro espaço é o site Placar Real. Uma página da web que procura analisar os erros da arbitragem a cada rodada do Brasileirão. Erros que, facilmente, podem ser percebidos por quem acompanha uma gama de partidas - não apenas a do seu clube de coração. Equívocos que se mostram constantes para uns e não tão constantes para outros. Fatos percebidos no dia-dia, contudo, a diferença é que no site mencionado, muita coisa fica registrada.

A página é de fácil leitura. Seus mantenedores, o engenheiro civil Daniel e o publicitário Rodrigo Scudero Capela, selecionam lances duvidosos de todas as partidas e os relacionam com opiniões de comentaristas. Vídeos sobre lances problemáticos são postados. E, após a análise, julgados os erros e acertos de acordo com critérios cuidadosamente predefinidos e estabelecidos no próprio site, novos placares são defenidos, estes entendidos como "reais".

O resultado final é, no mínimo, muitíssimo interessante. Lado a lado, uma tabela com a classificação da CBF e uma do "Placar Real".

Em entrevista ao Uol - Esporte, os idealizadores do projeto não se pronunciaram com relação as suas respectivas preferências clubísticas. Talvez, uma preocupação desnecessária, pois as análises são muito cuidadosas. Cabe aos frequentadores do sítio verificarem se o trabalho é ou não válido.

Neutralidade é inalcançável, sabemos disso. Porém, bom senso, é perfeitamente possível!


segunda-feira, 22 de agosto de 2011

MAQUIAGENS URBANAS E A COPA DE 2014, DESAPROPRIAÇÕES: ROMÁRIO DENUNCIA

Direitos violados. Desapropriações realizadas ferindo leis brasileiras e internacionais. Estas foram as novas denúncias trazidas pelo craque Romário que, por sua vez, dá sinais positivos em na Câmara dos Deputados.

O 'baixinho' fez a leitura, nesta segunda-feira (22/08), de um discurso muito bem elaborado sobre a grave situação que inúmeras famílias, em diversas cidades do país, estão passando em relação à despropriações, sob o pretexto da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016.

Inclusive, citou a própria presidenta Dilma, afirmando que confia em sua intervenção para que os preparativos para os mega-eventos não sejam responsáveis por desapropriações abusivas.

No site oficial de Romário - lá, classificado como socialista - há mais detalhes sobre seu pronunciamento:




Em seu discurso, o socialista também citou o comunicado sobre violações do direito à moradia na preparação do Brasil para a Copa 2014 e os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos 2016, elaborado pela relatora da ONU para o Direito à Moradia Adequada, Raquel Rolnik. De acordo com o relatório, falta transparência, diálogo e negociação com as comunidades afetadas, no Rio de Janeiro e em mais sete cidades-sedes. 'O Congresso precisa apurar essas informações, debater esse tema. Não podemos nos omitir', cobrou.
Como já foi dito em artigo anterior, a intenção é acompanhar tais denúncias e, além disso, verificar o quanto nomes tão representativos no futebol, como o de Romário, que chegam a exercer atividades de grande importância social, agem efetivamente.

Neste caso,mais um gol do craque do penta. E que, assim, continue!

sábado, 20 de agosto de 2011

RENÊ SIMÕES E O BICHO-FAMÍLIA

Esposas, mães, noivas e namoradas, para elas é dirigida a premiação de R$300,00 por bons resultados conquistados pela equipe do Bahia.


A premiação por resultados positivos, um regalo oferecido ao jogador além do salário estabelecido por contrato, é uma prática que vem de muito longe no futebol brasileiro. É mais antiga que o próprio contrato e salário pago aos jogadores de futebol, já que era uma forma de os dirigentes driblarem a legislação que, até os anos iniciais do século XX não permitia que atletas jogassem por dinheiro.

Em outras palavras, a premiação, mais conhecida por bicho (por causa do jogo-do-bicho, mesmo) é herança de um passado que pretendia manter o amadorismo no esporte, logo, manter a prática confinada a apenas uma parcela elitista da população.

Agora, em inícios do século XXI, Renê Simões reinventa a premiação. O bicho-família.

A equipe do Bahia, comandanda por Renê, que esta temporada montou um time com nomes reconhecidos no cenário nacional (como Ricardinho, Carlos Alberto e Reinaldo), agora premia com a quantia de R$300,00 mulheres que fazem parte diretamente da vida familiar dos jogadores. E, ainda, vez ou outra, o técnico organiza reuniões com atletas e seus familiares no próprio clube.

Seu argumento é que a proximidade é necessária, pois os longos períodos de concentração afastam os jogadores do convívio com seus familiares.

Sem dúvida, o argumento é louvável e tal atitude pode trazer um melhor desempenho dos atletas, pois a cobrança pode aumentar até mesmo em casa.

Contudo, somando esta com outras atitudes de Renê Simões ao longo de sua carreira como técnico, que se mostra diferenciado em seu modo de falar, procurando sempre se apresentar como um estudioso do futebol, fica uma questão.

O bicho-família, de Renê Simões é uma atitude para enriquecer a vida dos atletas, assim como aumentar o rendimento em campo ou se trata de uma atitude que mais procura evidenciá-lo na mídia, promovendo sua imagem como um profissional inovador? Ou tanto a primeira como a segunda hipótese são válidas?


sexta-feira, 19 de agosto de 2011

MAIS DOS DISTÚRBIOS DE LONDRES E O BRASIL - DEPOIMENTO DE UM SÁBIO NEGRO INDIGNADO

O Jornal da Cultura trouxe esta semana uma entrevista realizada pela BBC - a emissora pública britânica - com um morador da periferia de Londres.

Ao ser questionado se condena os distúrbios, o morador diz de primeira: "Porque condenaria?". 


A apresentadora da BBC iniciou a entrevista perguntando para Mr. Dowe se ele estava chocado com o que viu nas ruas. O sábio senhor, negro, migrante, responde que não. E ele é quem passa a chocar.

Quem falava de maneira enfática, não era um idoso qualquer. Era a sensibilidade, emoção e  vivência daquele Velho - o termo aqui se relaciona ao detentor de sabedoria, da tradição.

O Velho Dowe trouxe à tona ensinamentos a partir de sua vida familiar, abordando não apenas o contexto de Londres, mas, como ele mesmo diz, as tensões encontradas diversas partes do mundo.

Ao analisar o forte depoimento, âncora do Jornal da Cultura traz a indagação:
"Por que no Brasil tais disturbios não acontecem?".

E logo, o mito da democracia racial, como sempre, acaba sendo evocado. O comentarista e cientista político desenha um Brasil como se houvesse uma espécie de escudo.

Até que ponto o Brasil contraria o que o Velho Dowe disse, ou seja, até que ponto o Brasil não sofre com a violência que gera violência, com as contradições de regimes excludentes?

No Brasil estamos vivendo um contexto conturbado, sim, e faz tempo!

De um lado, a mídia que, de modo geral, transmite a versão do Estado nas questões de violência urbana, por exemplo, os tele-jornais. Tem-se, ainda, a difusão de programas, como o "Polícia 24 hs", que, nitidamente, procuram transmitir uma ideia positiva da postura do poder público no setor de segurança pública que, por outro lado, na periferia, há muito não cola.

Vale, nesse sentido, ouvir as constantes denúncias transmitidas pelo RAP dos anos 90 e início dos 2000, principalmente. Lembram-se, amigos, do que diziam os Racionais MCs e tantos outros?

Lembremos, ainda, da guerra que se trava nas salas de aula da diversas escolas públicas espalhadas pelo país. Cotidianamente, professores vivem sob pressão por parte do Estado para que a todo o custo se mantenha a massa de jovens enclausurada - custe o que custar - numa sala de aula. O que importa é mantê-los lá, não é educá-los.

Professores são espancados, agredidos física e moralmente. Jovens são acoados por gangues, num jogo em que se inserem ou se intimidam.

O sábio senhor, que não é inglês nem indiano, mas um homem no deslocamento e, por isso, sensível, fez um discurso que poderia ser daqui...

Estamos, sim, em guerra!

Ou alguém tem dúvida????






FUTEBOL COMO CAMPO DE TRABALHO

Atualmente o Futebol é uma área que abre espaço para uma grande variedade de profissionais. Jogar bola é apenas uma das inúmeras opções.

O futebol, nitidamente, é um negócio em franca expansão na indústria do entretenimento. E neste contexto, não apenas as áreas mais óbvias, como a Educação Física ou o bacharel em Esporte que há tempos algumas universidades qualificam, encontram espaço para se inserirem no mercado da bola.

Há necessidade de profissionais dos mais variados, sejam da área da saúde (física e psíquica) ou das áreas jurídica, financeira, comunicacionais, historiográfica e tantas outras.

Sendo assim, diversos cursos de formação de profissionais, especificamente, voltados para o futebol estão cada dia mais à disposição.

Neste sentido, na medida em que as incrições estejam abertas, serão divulgadas aqui algumas das oportunidades.

Mesmo que não sejam cursadas - a intenção não é a propaganda - o que vale é se ter uma ideia do que vem acontecendo e do quanto o futebol não é mero passatempo. Ao contrário, pode vir a tornar-se uma oportunidade de insersão no mercado.


Estão abertas inscriçõe na Universidade Federal de Viçosa (Minas Gerais) para o curso de Especialização em Futebol - Lato Sensu.

Em sua sexta turma (2012-2014) e com diploma reconhecido pelo MEC, o matriculado terá 390 horas de aulas envolvendo aspectos do futebol nas áreas da pedagogia, psicologia, técnica, tática e física de atletas.

O período de pré-inscrição será feito até o dia 15 de setembro de 2011, e o site para mais informações é http://www.ufv.br/des/futebol/admissao.htm




quarta-feira, 17 de agosto de 2011

DISTÚRBIOS LONDRINOS E HOOLIGANS

Os disturbios recentes que se estenderam, além de Londres, por Manchester e Birmigham, teriam relação com os holligans, afastados dos estádios há décadas?

“As gangues oferecem uma relação de pertencimento a uma estrutura, uma disciplina, um respeito que os jovens não encontram em nenhum outro lado”, escreve Ann Sieghart no The Independent.
Dentre as tantas outras, esta análise chama a tenção por estar diretamente relacionada à ideia das associações, em geral, de jovens que se articulam por determinada razão e agem, muitas vezes violentamente, pelos ideais sugeridos. Caso, por exemplo das torcidas organizadas que na Inglaterra ganharam o nome de "Holligans".


O cientista social britânico Eric Dunning, em entrevista cedida a Édison Gastaldo (antropólogo brasileiro),  assim define o que ficou conhecido por holliganismo:

"O termo 'hooligan' em si data dos anos 1890 – supostamente, seria uma corruptela de 'Houlihan', o nome de uma violenta família irlandesa que vivia em Londres – e o termo 'hooligan' aplicado ao futebol parece ter sido usado pela primeira vez com relação a derbies nos anos 1920.

O que se segue (...) é que, na Inglaterra, distúrbios de massa relacionados ao futebol eram vistos até os anos 1960 como um problema das autoridades futebolísticas, e não como um problema dos governos locais ou nacionais ou mesmo da polícia".

E pode-se dizer que a questão dos hooligans foi "resolvida", anos depois, como uma questão que se confinava apenas à relação entre violência e futebol: reação à grupos orgnizados fortemente vinculados por uma identidade clubística.

De acordo com essa lógica a solução encontrada pelas autoridades era pura e simplesmente afastar os "hooligans" dos estádios. Ação entendia como óbvia e elogiadíssima por diversos setores da sociedade britânica, principalmente pela mídia, que encontrou ecos mundo a fora.


Não por acaso, tal atidude, imprimida no final do século XX, coincidia com a explosão de crescimento dos interesses das mega-empresas pela indústria do entreterimento, do qual o futebol era um dos grandes elementos. Mais especificamente, acontecia no exato período em que os estádios europeus recebiam a nova roupagem arquitetônica promovida pelo conceito das Arenas.

Resultado: Alguns dos frequentadores, líderes de torcidas organizadas, foram expulsos dos estádios, proibidos até de circularem no entorno do palco das competições que envolviam o clube ao qual torciam. E, junto com isso, o projeto de um novo modelo de torcedor adentrou em cena.
Contudo, como Dunning e a história nos mostra, a questão é muito mais social do que puramente esportiva. Afastar do estádio lideranças de grupos que se expressam através da violência, apenas fez empurrar o problema para outras áreas.

Um tiro no próprio pé! Pois, a situação se complica na medida em que deixa a possibilidade de concentração dos grupos em determinados espaços, que seriam muito mais fácil de se controlar. Além disso, espalhados pela cidade, a integração tende a se disseminar com mais facilidade.

Vale lembrar que esse processo de remodelação dos estádios, que implica diretamente na mudança de torcedor, é o mesmo pelo qual passamos atualmente no Brasil.

Quem viveu intensamente os estádios na década de 1990 e, ainda, resiste às investidas que procuram afastar o torcedor tradicional - que não significa, necessariamente, organizado ou violento - sabe que, se antes a violência estava no estádio e em seu entorno, hoje o problema pode estar em qualquer lugar.



terça-feira, 16 de agosto de 2011

FUTEBOL, IDEOLOGIAS E PAIXÃO: O CASO DO JOGADOR QUE SE APOSENTOU AOS 24 ANOS

O jogador espanhol Javi Poves, que esteve integrado até a temporada passado no Sporting de Gijón B, anunciou sua aposentadoria aos 24 anos.

O interessante é o motivo alegado pelo zagueiro para a atitude:

"Quando era criança, jogava por amor ao esporte. Mas, quando você conhece o futebol, se dá conta de que tudo é dinheiro e que tudo é podre" (...) Do que adiante ganhar € 1000 ao invés € 800, obtendo isso com o sofrimento de muita gente?", declarou Poves, que se define como "antissistema": "(...) O problema é que ou você é de direita ou de esquerda. Não sou nada disso. Sou anti tudo isso".

Javi Poves, ao contrário da maioria dos jogadores trocava o tempo de games, internet e brincadeiras de concentração pela leitura. Afirma ter lido O Capital (Karl Marx) e Minha luta (Adolf Hitler), entre outros e agora tem como plano cursar História.

"Quero conhecer o mundo de verdade, saber o que acontece. Ir para a África. Para isso, não faz muita falta o dinheiro. Não quero viver prostituído, como 99% das pessoas. Se não posso ter uma vida limpa na Espanha, terei na Birmania [Mianmar]. Onde seja...", afirmou.                                                  (fonte:http://trivela.uol.com.br/Noticias.aspx?view=1&id=47925)

A atitude do jogador causou impacto. Dificilmente um jogador ou outro profissional do meio é tão enfático, se pronúncia de forma tão direta quanto as mazelas do meio.

A consequência, inevitável, em questões como estas seja no futebol ou fora dele, é o protagonista tornar-se herói para uns e vilão para outros.

Na Europa, em crise, isso se intensifica. Vale neste sentido observar os comentários no site portugues DN DESPORTO, o partidarismo pelo e contra o jogador leva leitores a se agredirem:

O leitor Mateus, coloca em dúvida o real motivo da desistência do jogador:

"Uma bela desculpa para quem sempre foi reserva do colosso sporting de gijon.Mas ainda é jovem,ainda pode ir para Padre ou pastor protestante para ajudar os pobres.Este vai ser pobre a vida toda porque tem medo de ser rico e de ter sucesso."
Antonio Melo, outro leitor, responde:
"Este Mateus deve ser dos 99% que vivem prostituídos e que até a mãe, mulher e filhos venderia para ganhar umas massas".

Como tréplica, diz Mateus:

"António Melo não escondas atrás de um computador, se queres insultar-me e a minha família pode fazer isso ao vivo e a cores num local e dia marcado por ti,eu terei o gosto de levar a minha familia comigo para insultares mas como és um COBARDE e corno já sei que não vais aparecer a minha frente".

Enfim, atitudes como essas, de Javi Pontes, deixam menos monótono os noticiários esportivos mundiais. E fazem notar que o posicionamento político, tanto quanto o futebol, mobiliza paixões!

Azar de quem pensa ainda que futebol é apenas "o ópio do povo".


JOÃO SORRISÃO APOSENTADO? CRÍTICAS DA REDE GLOBO À RICARDO TEIXEIRA?

Os três minutos que o Jornal Nacional dedicou ao caso Ailanto Marketing - CBF - governo do DF, nem de longe, são motivos para se afirmar que a Rede Globo virou a casaca no jogo sujo do futebol brasileiro!

Fato é que muitos de nós já estão saturados. O nível das decisões que atentam  contra os envolvidos com o futebol e até mesmo com os que não dão a mínima chegou ao limite do intolerável.

Dinheiro público, muito dinheiro público indo pelo ralo... diretamente para as contas pardisíacas dos envolvidos.

A sociedade civil se manifesta: os torcedores fanáticos - pelo futebol e não pelos que falam de futebol - se mobilizam. Torcidas uniformizadas há tempos se esbravejam contra os Galvãos - insuportáveis - da mídia, muitas vezes com o som vazado nos televisores espalhados pelo país. Torcedor comum deixando de ir ao estádio - o cúmulo de jogos só após novelas em que os autores desesperados não sabem o que fazer com personagens sem carisma. Vários veículos de comunicação denunciam mais e mais falcatruas. E...

A Rede Globo aposentou o rídiculo João Sorrisão - o boneco, não o Ricardo! - que muitos jogadores passaram pelo mais ridículo ainda de imitá-lo.

O horário das 21 horas de sábado para um jogo de futebol, que nem o mais fanático dos torcedores consegue e suporta seguir, está extinto. Média horrorosa de público, logo, a CBF voltou atrás.

E os 3 minutos do Jornal Nacional para a rapinagem dos cofres públicos do DF - R$9 milhões - e a Ailanto com envolvimento de Ricardo Teixeira, finalmente, foram para o ar - no mínimo com meses de atraso!

Sai carta de príncipios dizendo que há insenção no jornalismo da Rede Globo (se tivesse, era preciso dizer?!)...

Tudo isso são efeitos da pressão por parte da sociedade via futebol (um dia entendido como ópio do povo, hoje motivo de temor da toda-poderosa Rede Globo).

Contudo, deve-se entender que é pouco, pouquíssimo mesmo:

A Rede Globo chegou a noticiar a manifestação da Frente Nacional dos Torcedores pelo "Fora João Sorrisão", mas só no site globo.com. Nada mais!

Jogos às 22 horas. Depois dizem, hipócritamente, querer família e trabalhador no estádio?

A Seleção dos "Manos" e o calendário do brasileirão que não combinam.

E tantas falcatruas...


domingo, 14 de agosto de 2011

FINALMENTE, JORNAL NACIONAL TRAZ O CASO DE DESVIO DE DINHEIRO ENVOLVENDO SELEÇÃO BRASILEIRA

Após diversos meios de comunicação, com destaque para a Rede Record,  denunciarem o caso de desvio de dinheiro envolvendo o jogo da Seleção Brasileira contra Portugal, em Brasília, a Rede Globo, finalmente, se mainifesta.

O Jornal Nacional deste sábado, 13 de agosto, trouxe à tona o caso Ailanto e a enxurrada de dinheiro desviado sorrateiramente no jogo da Seleção no estádio do Gama, em Brasilia, quando os portugueses foram derrotados por 6 a 2 pela equipe comandada por Dunga...

A abordagem que se deu através de uma reportagem não muito curta, além de atrasada, pode-se dizer que foi bastante tímida. Contudo, mesmo rapidamente o nome da CBF e do "João Sorrisão", Ricardo Teixeira, foram citados.

O mandatário que se eterniza no comando do futebol nacional, há pouco tempo, havia afirmado publicamente, de maneira bem chula, que estava "cagando e andando" para as denúncias da Rede Record. Apenas se preocuparia quando elas viessem de sua parceira, a Rede Globo.

E agora????

sábado, 13 de agosto de 2011

FRENTE NACIONAL DOS TORCEDORES MARCA PROTESTOS HOJE ÀS 14 HS EM SP

Desde 2010, o FNT, um movimento que afirma lutar pelos direitos dos torcedores aficcionados pelo futebol, está em atividade e hoje, às 14 horas, a partir do vão livre do MASP, fará uma manifestação que deverá ser encerrada em frente ao Pacaembú, na Praça Charles Miller.

Na manifestação não apenas será exigida a saída de Ricardo Teixeira da presidência da CBF, no poder desde o longíquo 1989(!). Também será reinvindicado o fim de outra espécie de monarquia existente no Estado de São Paulo.

Não, amigos! Não se trata da saída de Alkimin e da dinastia PSDBista no governo do estado paulista. Mas, sim, da saída de Marco Polo Del Nero, no comandao da Federação Paulista de Futebol (FPF) desde 2003 - com mandato até o emblemático 2014.

O protal Terra trouxe as palavras de um dos líderes da FNT, João Hermínio Marques:

"Vamos pedir a cabeça do Del Nero também porque ele está há muito tempo no poder, há quase dez anos. Além disso, ele trata o futebol paulista com promiscuidade. Ele simplesmente ignora os clubes tradicionais do interior. Outra coisa: como um trabalhador pode ver um jogo de manhã ou às 15h em dia de semana?"

Que saudade da Ferroviária - hoje uma S/A(!) -, do Esporte Clube São Bento de Sorocaba, do Esporte Clube XV de Novembro de Piracicaba e tantos outros que faziam frente à principais equipes do estado e, porque não, do país. Hoje destruídas! Acabadas diantes de invenções recentíssimas como o Barueri e o Americana, que nem mesmo sabemos, na verdade, de que região fazem parte. Fruto de um contexto permeado pelos interesses escusos de alguns...
PARA CONHECER MAIS DESSA OUTRA INICIATIVA, DAS

VÁRIAS QUE ESTÃO ACONTECENDO NA BUSCA DE UMA

VALORIZAÇÃO DO FUTEBOL, DOS TORCEDORES E DA

PRÓPRIA SOCIEDADE BRASILEIRA, VALE ACESSAR:






sexta-feira, 12 de agosto de 2011

POR UMA ESCOLA ALÉM DOS CONTEÚDOS: DO ESPORTE À AÇÃO COMUNITÁRIA

A escola tem que se encaminhar para a valorização da "cultura escolar", como disse Circe Bitencourt.

Segue, aqui, uma matéria sobre a perspectiva que está sendo aplicada por Harvard.

O que vale não é ler para sabermos o que está acontecendo na universidade estadunidense, pura e simplesmente.

Mas, sim, ver que existem outros caminhos importantes a serem percorridos pelos educadores, seja lá em Harvard, ou seja onde atuamos!

Via de Fatos: Harvard: "Educação de primeira Que a escola precisa se reinventar parece já não ser novidade pra ninguém. No mundo dos negócios o processo de interg..."

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

ROMÁRIO LANÇA SITE PARA FISCALIZAR O MUNDIAL DE 2014 E TRAZ DENÚNCIAS CONTRA TEIXEIRA

O baixinho, genial nos gramados, como deputado federal, volta-se para a fiscalização da organização da Copa do Mundo de 2014.

No dia de ontem, Romário lançou seu site oficial. A proposta do espaço é, evidentemente, divulgar a atuação do deputado Romário. Contudo, declaradamente, trata-se de uma ferramenta para fiscalizar todas as ações da organização da Copa do Mundo no Brasil.

E, ao melhor estilo de Romário, como daquele belo pênalti batido contra a Azurra na decisão da Copa de 94, a estréia não podia ser melhor.

Em entrevista exclusiva, assinada pelo próprio baixinho, foi trazido à público, mais uma vez, as fortes denúncias de corrupção feitas pelo jornalista da BBC Andrew Jenning.

Romário não se esquivou, meteu o dedo na ferida e publicou as palavras do jornalista escocês sobre os lamentáveis atos que o mesmo vem investigando.

Corrupção e pilhagens, “negócios que fariam corar a máfia italiana” e que envolvem diretamente, segundo Jenning, CBF e FIFA, a família Havelange, da qual Ricardo Teixeira é pertencente, e Joseph Blatter.

Claro que devemos analisar com cuidado a trajetória de Romário como deputado pelo PSB. Suas intenções, o tempo dirá. Mas, o certo é que, o "campeão a serviço do povo", conforme o slogan presente no site, nesse primeiro momento, marcou um gol de placa.

Vejamos se a mesma regularidade genial da grande área estará presente em sua vida política!






quarta-feira, 10 de agosto de 2011

E O JOÃO SORRISÃO SE PRONUNCIA

Deu na ESPN.com.br:

"Prefiro a realidade, ainda que dura, à ilusão de vitórias sem consistência e que possam se traduzir em perdas ainda maiores no futuro. O trabalho segue com toda a confiança da CBF",

palavras de Ricardo Teixeira, logo após mais uma apresentação dos "manos" da CBF.

Não se pode negar, há sinceridade em algumas de suas palavras, o futebol brasileiro vive uma dura realidade!

A pergunta que fica é:

A dura realidade, identificada, é técnica ou política???

E DEMONIZARAM DUNGA...

Após mais uma sonolenta apresentação, vale refletir - comparar mesmo!

As apresentações da Seleção Brasileira de Dunga, mesmo com Felipe Melo, dá saudades quando vemos a Seleção dos "manos" de Galvão Bueno, André Santos & cia?






Será que o JOÃO SORRISÃO é o Ricardo Teixeira rindo de nós?

UNIFORME DA SELEÇÃO BRASILEIRA - UM POUQUINHO DE HISTÓRIA

Originalmente, as cores que representam o futebol brasileiro, enquanto entidade administrativa ligada a FIFA, são o azul e o branco. A relação entre a entidade que organiza(?!) o futebol profissional no Brasil e o verde-amarelo não é tão intensa quanto normalmente se coloca.


No ano de 1979, surgia a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A partir dali, seria ela a entidade específica para comandar um esporte que, na verdade, já era, desde sempre, a menina dos olhos da antiga responsável, a Confederação Brasileira de Desportos (CBD -fundada em 1916).

O surgimento da CBF se tratava “apenas de uma mudança de siglas”, conforme comentou uma reportagem da Rede Globo levada ao ar por aqueles dias do ano de 1979:



http://bnlfootballjersey.blogspot.com/
HERANÇAS CBD - CBF

Portanto, ao nascer a CBF herdava a administração do futebol brasileiro da CBD, sem grandes mudanças:


No comando, permaneceria o que hoje pode ser tranquilamente interpretado como uma verdadeira dinastia: a Havelange.


Entre seus símbolos, o principal deles no que toca à identidade da instituição, o escudo. Assim, o azul e branco, cores oficiais da CBD, também foram herdados e devidamente conservados pela CBF.


Já, com relação ao uniforme, o verde e amarelo presente na camisa da Seleção há 26 anos e já consagrado após os três campeonatos mundiais, era um presente que veio de uma ação engendrada pela CBD em setembro de 1953.



(A Gazeta, 5 de janeiro de 1954)

DO BRANCO PARA O VERDE-AMARELO

Diante de insucessos em competições internacionais, das desavenças políticas de um período conturbado no cenário político brasileiro – e não apenas no âmbito do futebol – e, ainda, frente às novidades trazidas nos anos 1950 – os “Anos Dourados” -, a CBD em conjunto com setores da imprensa decidiu trocar as cores do uniforme da Seleção Brasileira.

Um concurso de dimensões nacionais foi, então, levado à frente, o vencedor foi um jornalista e estudante de direito de 18 anos, Aldyr Garcia Schllee.

57 anos depois. Deu uma entrevista dizendo que, de certa forma, ficou incomodado com o que fizera. Alterara as cores do que já havia se firmado como uma tradição no Brasil e no mundo.
O jovem, nascido em Jaguarão, cidade da fronteira gaúcha com o Uruguai - um dos motivos que o fizeram declarado torcedor da Celeste Olímpica -,
Segundo ele próprio, esse foi o principal motivo para suscitá-lo “a despejar o azul e branco nas meias e calções" com “tinta guache holandesa, que foi paga em prestações por quase um ano".

Uma ideia somada ao verde-amarelo da camisa que lhe valeu a vitória naquele concurso, enquanto, para outros, era a representação de outras derrotas. Foi assim para José Maria Castelo Branco, um dos dirigentes que engrossava o coro dos que se declaravam francamente contrário à ideia. Como parece ter sido também para Zizinho, que segundo o próprio Aldyr, na solenidade de mudança do uniforme lhe sussurrou ao pé do ouvido: ‘Não esquenta, isso tudo é uma merda’ [1].


[1] Ver: Torcedor do Uruguai, criador do uniforme verde-amarelo compara Neymar a Garrincha”, de Thais Bilenky, Anna Virginia Balloussier, Folha treinamento, de Capão do Leão (RS), 21/06/2010-17h17. Disponível em: <http://treinamento.folha.com.br/12emcampo/enquantoissonobrasil/754637-torcedor-do-uruguai-criador-do-uniforme-verde-amarelo-compara-neymar-a-garrincha.shtml> Acesso 17 Nov. 2010.