terça-feira, 9 de agosto de 2011

CBF, DONA DO BRASIL

Domingo, no caderno de esportes da Folha de São Paulo, teve destaque a disputa judicial entre a Coca-Cola e CBF pelo uso da camisa de cor amarela em campanhas publicitárias.

É isto mesmo! Há uma disputa judicial pelo uso do amarelo na camisa, quando relacionado ao tema futebol. Não se trata de utilizar a camisa oficial da Confederação Brasileira de Futebol, com o escudo da entidade. Apenas, e tão somente, se trata de usar amarelo!

Na matéria “Amarelo tem dono?”, Lucas Reis comenta: “A justiça do Rio de Janeiro condenou a Coca-Cola, em segunda instância, a indenizar a CBF por utilizar, em comercial veiculado na TV no ano passado, ex-jogadores da seleção brasileira vestindo a vitoriosa camisa amarela.”

Bebeto, Biro-Biro e Dadá Maravilha são os ex-jogadores. O uniforme que vestem, longe de qualquer campo de futebol, é uma camisa amarela, com um símbolo totalmente descaracterizado e calção verde. Vale relembrar:



A questão que fica, como bem destaca a reportagem, é o quanto a CBF tem direito sobre as cores que, no limite, historicamente foram utilizadas para se representar a nação brasileira.

Como a Coca-Cola mencionou em sua defesa: “A CBF não detém o direito sobre o verde-amarelo, cores que remetem à bandeira do país”.

O fato é que a CBF não apenas se sente dona do amarelo, mas se enxerga proprietária de tudo que se relaciona ao futebol.

Há anos a gigante da indústria de bebidas (até ela!), que é ligada a FIFA, reivindica o direito de fazer campanhas no Brasil que remetam ao esporte.

A Rede Record e outras mídias denunciam, cotidianamente, falcatruas de Ricardo Teixeira, de dirigentes e de empresas que mandam e desmandam no universo do futebol brasileiro.

Nós, amantes do esporte, não apenas somos reféns dos horários inadequados impostos pelos acordos CBF-Rede Globo, como também somos submetidos e prejudicados por tantas outras determinações autoritárias de uma entidade comandada a mais de meio século por uma única família (Havelange, da qual Teixeira incorporou-se).

 
 

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