Domingo, no caderno de esportes da Folha de São Paulo, teve destaque a disputa judicial entre a Coca-Cola e CBF pelo uso da camisa de cor amarela em campanhas publicitárias.
Na matéria “Amarelo tem dono?”, Lucas Reis comenta: “A justiça do Rio de Janeiro condenou a Coca-Cola, em segunda instância, a indenizar a CBF por utilizar, em comercial veiculado na TV no ano passado, ex-jogadores da seleção brasileira vestindo a vitoriosa camisa amarela.”
Bebeto, Biro-Biro e Dadá Maravilha são os ex-jogadores. O uniforme que vestem, longe de qualquer campo de futebol, é uma camisa amarela, com um símbolo totalmente descaracterizado e calção verde. Vale relembrar:
A questão que fica, como bem destaca a reportagem, é o quanto a CBF tem direito sobre as cores que, no limite, historicamente foram utilizadas para se representar a nação brasileira.
Como a Coca-Cola mencionou em sua defesa: “A CBF não detém o direito sobre o verde-amarelo, cores que remetem à bandeira do país”.
O fato é que a CBF não apenas se sente dona do amarelo, mas se enxerga proprietária de tudo que se relaciona ao futebol.
Há anos a gigante da indústria de bebidas (até ela!), que é ligada a FIFA, reivindica o direito de fazer campanhas no Brasil que remetam ao esporte.
A Rede Record e outras mídias denunciam, cotidianamente, falcatruas de Ricardo Teixeira, de dirigentes e de empresas que mandam e desmandam no universo do futebol brasileiro.
Nós, amantes do esporte, não apenas somos reféns dos horários inadequados impostos pelos acordos CBF-Rede Globo, como também somos submetidos e prejudicados por tantas outras determinações autoritárias de uma entidade comandada a mais de meio século por uma única família (Havelange, da qual Teixeira incorporou-se).
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