domingo, 11 de dezembro de 2011

SANTOS X KASHIMA E BARCELONA X AL SADD: MUNDIAL INTERCLUBES E A GEOPOLÍTICA DO FUTEBOL

Al Sadd, o time do Qatar garantiu o direito de ir para semifinal e se confrontar com o campeão europeu, Barcelona. 
A equipe japonesa do Kashima Reysol também consegue vaga, jogará contra o Santos e se mostra muito mais que azarão em relação aos americanos.

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Al Sadd 2 x 1 Espérance

Jogo fraco tecnicamente.

Foi difícil permanecer acordado diante de alguns lances bizonhos. Contudo, os erros da arbitragem, sempre privilegiando o time da capital petrolífera, e, por sua vez,  uma certa pressão dos bem dispostos jogadores da equipe norte-africana do Espérance (Tunísia) deixaram o jogo até certo ponto interessante.

Kashima Reysol 1 x 1 Monterrey - nos pênaltis, 4 a 3 e vitória japonêsa

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Esse sim, valeu esperar e/ou acordar por ele!

Mais uma vez os jogadores do Reysol se comportaram muito bem em campo. O melhor foi o 10 da equipe amarela, o brasileiro Leandro Domingues, que articulou muito bem as jogadas e apanhou muito dos marcadores, por vezes, desleais do time mexicano.

Aliás, vale destacar o quanto foi negativa a participação do Monterrey. Mostrou-se apático, muito defensivo e, como já foi dito, violento. Não é de hoje que as equipes mexicanas são tratadas por profissionais da bola como grandes promessas, mas não passam disso. Cabendo, assim, até uma indagação:

Até que ponto o alto investimento em estádios e em equipes não contagiam as análises a respeito do futebol, se sobrepondo ao conteúdo técnicos e táticos do jogo?

Mas, voltando à parte positiva da rodada do mundial interclubes 2011, o Kashima mais uma vez deu mostras de sua força, mais uma vez representou muito bem o desenvolvimento dos japonêses no esporte e, também, reforçou uma ideia que há muito deveria ser tratada com mais seriedade:

A geografia da bola é muito mais diversa do que se pensa. É bem verdade que a economia diz muito, mas a manifestação cultural é muito mais rica, portanto futebol está muito além das fornteiras tradicionais, ou seja, está muito mais além da Europa e, porque não dizer, da América.

Basta lembrar, seguindo essa mesma direção, o que o técnico Muricy disse ao ser indagado sobre Mourinho e Guardiola serem os melhores do mundo:

"Serão os melhores do mundo quando forem campeões no Brasil". - melhor resposta, impossível!

Sendo assim, em relação aos japoneses - que há anos vêm se superando - vale dizer que o Santos também deve se cuidar!

O caminho da equipe brasileira é muito mais difícil, se comparada ao do Barça. Mas, nem por isso, os catalães já podem serem considerados campeões.




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