sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

FÓRUM DE DEBATES: TELÊ – ÉTICA E DIGNIDADE NO ESPORTE

Inspirados no grande boleiro Telê Santana - sim, melhor usar o termo boleiro, que dizer meramente profissional, jogador, técnico, pois Telê foi tudo isso e mais um pouco!  - diversas empresas ligadas ao futebol (Manager Esportes, Koch Tavares e outras) promoveram o evento em que foi debatido a questão da Ética no futebol.


 
Da esquerda para direita: Rogério Pinheiro, André Fontenelle, Coronel Marinho e Muller
O fórum, realizado no auditório Armando Nogueira, no Museu do Futebol, contou com o comando do apresentador da Sport TV, André Fontenelle, e, entre os debatedores foram convidados o Coronel Marcos Marinho, para falar da arbitragem, os ex-jogadores Miller (agora comentarista) e Rogério Pinheiro (atualmente, ingressando na profissão de técnico).

ÉTICA E ARBITRAGEM

O Coronel Marinho abordou seus métodos de trabalho como presidente da Comissão de Arbitragem da Federação Paulista de Futebol.

É possível destacar, em seus comentários, que atua em estreita relação com a sua formação militar, logo, apresenta uma visão bastante centralizadora das decisões.

O presidente da Comissão de árbitros paulista prioriza estatísticas, buscando a excelência de seus comandados através da análise de índices. As exigências com relação à preparação física também são bastante rigorosas.

Além disso, Marinho seguindo sua linha militar, faz da Comissão um órgão à semelhança da Polícia. Há um trabalho de fiscalização do comportamento dos árbitros que vai muito além das partidas de futebol. Uma corregedoria de arbitragem acompanha se existem árbitros com problemas pessoais, como dívidas financeiras, com nomes em listas do SERASA ou SPC, ou que faltaram com a legislação, sendo solicitado com regularidade atestados de antecedentes criminais.

O COMPORTAMENTO ÉTICO NA VISÃO DOS JOGADORES

Já Muller e o Rogério Pinheiro relataram suas experiências como jogadores.

Ambos frisaram que há um código de ética entre atletas, entre dirigentes e entre os árbitros. Código entre os membros de cada grupo, não entre todos os envolvidos com o futebol.

O ex-atacante que conquistou vários títulos pelo São Paulo FC, Muller, que jogou na Seleção Brasileira, contou que na Itália passou por problemas sérios com relação à questão de acerto de resultados - jogos combinados previamente que vieram à tona no meio da década passada. Sua experiência foi com o Torino, time em que jogou entre os anos de 1988 e 1991.

Contra o Pádova, o capitão de sua equipe disse que o resultado deveria ser um empate. Muller furou o combinado, marcando um gol. O goleiro, Marchegiane concertou o “erro” de Muller facilitando um tento adversário.

Nenhum comentário:

Postar um comentário