Hoje, na entrevista de mais ou menos uma hora que o pop-star do futebol, Neymar, concedeu no Japão, observou-se surgir um ícone. Um personagem emblemático ao ponto de ter que se repensar conjunturas internacionais.
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Em uma era maracada pelo frenético, pelo impuso, pelo imediato, pelo veloz, surge um jovem que procura cada vez mais falar pausadamente.
Um jovem sulamericano que até o momento não se deixou seduzir por promessas milhonárias, por ter possibilidade de acesso às grandes baladas nas cidades do Velho Mundo e pela chance de conhecer as mulheres do padrão eurocêntrico de beleza.
Um jovem sulamericano que já é uma celebridade do futebol, mas que, embora seja reconhecido no mundo inteiro, procura sempre falar em nome do grupo. Não valorizando em suas palavras seu próprio nome e sim o do clube em que ele joga, o Santos Futebol Clube.
Essas características não parecem ser possíveis de se pertencer a um craque do século XXI, como é Neymar. Mas pertencem!
E, sendo assim, o craque brasileiro quebra a lógica do futebol globalizado. Quebra o funcionamento, existente desde os anos 1980 e, principalmente 90, de um mecanismo que enfraqueceu o nacionalismo e, no caso do futebol, por consequência, diminuiu a importância das seleções em relação às disputas entre clubes e dos clubes em relação aos "superclubes". Como explicou Eric Hobsbawm (2007: 93):
"Essencialmente, o negócio global do futebol é dominado pelo imperialismo de umas poucas empresas capitalistas com nomes de marcas também globais - um pequeno número de superclubes baseados em alguns países da Europa*, que competem entre si tanto nas ligas nacionais quanto, preferivelemente, nas internacionais. Seus jogadores são recrutados em todo o mundo. (...)"
Pois é, e quebrando essa lógica, aparece Neymar, um jovem que pode ajudar a frear o
Que o craque Neymar continue assim!
"(...) considerável enfraquecimento da posição de todos aqueles que não estão nos círculos das superligas internacionais e dos supertorneios e em especial nos clubes dos países exportadores de jogadores, notadamente nas Américas e África."
Que o craque Neymar continue assim!
Lances geniais do Menino da Vila:
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