quinta-feira, 28 de junho de 2012

BOCA 1 X CORINTHIANS 1: O SÁBIO, O UNGIDO, A TORCIDA QUE ERRA E A GLOBO QUE SE CALA

A TV mostrou: Riquelme, que sabe muito, Romarinho, iluminado demais, mas se calou diante da atitude da torcida do Corinthians.
Jogo difícil. Riquelme, o craque da partida, tenta de várias formas. A bola, teimosa, parecia não querer obedecer aquele meia que lembra o futebol à moda antiga.
Nem os escanteios, com bolas bem batidas, nada acresciam.
Até que o 10 genial do Boca, aquele que bate todas, de repente, fala para outro jogador que fosse bater o escanteio.
Resultado: 1 a 0 Boca!
Riquelme é aquele que faz a melhor das leituras do jogo. 
Lê a ponto de perceber que, diante das dificuldades, não valia apena insistir, por mais que caprichasse, mesmo que se tratasse de “um mísero escanteio” – como dizia Nelson Rodriques.
Com o gol, ficara difícil para o Corinthians e já era passado mais da metade do 2º tempo.
Entra Romarinho. 21 anos, jovem - já se disse, de temperamento tão difícil quanto seu bom futebol.
O rapaz recém-chegado do interior de São Paulo – do Bragantino – que no final de semana fez 2 e deu a vitória num Derby!
Primeira bola, primeiro lance, primeiro instante, tranquilidade e... gol!
Resultado: Corinthians empata em La Bombonera!
E a torcida do Corinthians?
O Boca havia pedido para sua torcida que não use sinalizadores. Campanha intensa que deu resultado.
A torcida corinthiana, por seu lado, ficou à vontade com os seus. Tão à vontade que não só usou o aparato aos montes, e atirou muitos deles no gramado.
Interessante, foi ver as imagens do fato e ouvir Cléber Machado, porta voz da Rede Globo, querer dar menção do fato, mas não poder fazer qualquer comentário.
As imagens somiram. A Globo repetiu insistentemente o gol do Boca e não se falou mais na atitude da torcida corinthiana.
Fica a pergunta: caso fosse outra torcida, mesmo brasileira, a atitude da emissora que comanda o futebol nacional seria a mesma?

quarta-feira, 27 de junho de 2012

BRASIL, PAÍS DO FUTEBOL OU BRASIL, VIZINHO DO PAÍS DO FUTEBOL?


Um dia em Buenos Aires: futebol e mais futebol.

Quarta-feira, 27 de junho de 2012:

La Bombonera (lancenet.com.br)
Boca Juniors x Corintihians, às 21: 50h.

Jogão que movimenta a cidade.

São Xeneizes esperando ansiosamente a 1ª partida da final da Libertadores.

Libertadores que, para o Boca, pode tratar-se de sua 7ª conquista. Vitória que o colocaria com o mesmo número de vitórias do também argentino Independiente – até o momento tido como o Rei das Copas.

Além do movimento de torcedores e secadores locais, corinthianos oferecem mais um elemento a enriquecer a densa atmosfera futebolística do lugar.

Várias fontes dizem que se deslocam pelo entorno de La Boca, uns 2500 fanáticos pelo alvinegro de Parque São Jorge.

Contudo, o futebol na Buenos Aires de hoje não se resume a esse jogo. O clima de rivalidade muito menos envolve apenas o jogo Boca x Timão.

Estádio República de Mataderos e a torcida
do Nueva Chicago (taringa.net)
Nueva Chicago x Chicarita Juniors, às 15:50.

Hoje, dois dos mais furiosos representantes do futebol portenho, também se enfrentam.

Lutam pela Promoción da Nacional B no Estádio República de Mataderos. Promessa de conflitos violentos tanto nas 4 linhas quanto no entorno de mais um estádio de Buenos Aires.

Monumental de Nuñez e a torcida do River Plate
(kigol.com.br)
Diário Olé

Ontem o maior número de páginas do Diário Olé – principal jornal de esportes da Argentina – foram dedicadas não a um Boca prestes a jogar mais uma final de Libertadores, mas sim ao River Plate e seu retorno à divisão maior do futebol portenho.

Foram 6 páginas para o River contra 4 para o Boca: 6 para a B do campeonato argentino contra 4 para a final da Libertadores!

Para ferver mais o carbureto, para hoje a Confederación General del Trabajo, grande central sindical da Argentina, promete uma paralisação geral. Preocupação policial na Plaza de Mayo.

Assim será o 27 de junho de 2012, em Buenos Aires, na Argentina – o lugar que respira futebol!
Torcida do San lorenzo (blogdohoteis.com)

Ah! Como se não bastasse, amanhã o San Lorenzo – 1º grande a ser rebaixado na Argentina, em 1982 – também luta para se manter na Primeira Divisão. Jogará contra o Instituto, clube de Córdoba que diante de péssimos resultados nos últimos jogos teve seus jogadores ameaçados de morte por sua própria torcida.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

ARENA PALESTRA ITÁLIA CAMINHA BEM, APESAR DOS PERCALÇOS

Prefeitura de São Paulo cria dificuldades burocráticas para WTorre dar prosseguimento às obras, mesmo assim a construção caminha.

A WTorre obteve nesta terça-feira o habite-se para os dois prédios do complexo da Arena Palestra que já estão prontos.

Com o documento fornecido pela Prefeitura, apesar de grande demora, o Palmeiras pode começar a providenciar os acabamentos das instalações que darão quatro andares de quadra, sendo uma de society a céu aberto, e outros cinco andares administrativos, com um restaurante com vista panorâmica no último andar.

A informação foi confirmada pelo diretor de novos negócios da construtora, Rogerio Dezembro, que limitou-se a dizer que é uma noticia para que todos os palmeirenses comemorem.

Com tudo certo nos prédios, agora a WTorre foca na construção do estádio, que sofreu um atraso por questões burocraticas.

A Prefeitura não forneceu o alvará que permitia que toda a arquibancada fosse demolida. Neste instante, a obra está em 35% do total e tem previsão de entrega para o segundo semestre do ano que vem.

A Nova Arena custará cerca de R$ 350 milhões, mas, ao contrário do Itaquerão, terá todo o investimento do setor privado.

Estará aí a resposta para as dificuldades burocráticas criadas?


Informação trazida por Ricardo Gomes Silva - Expert on sports marketing and entertainment

TECNOLOGIA DA LINHA DO GOL (TLG)

Agora, quem diz que a máquina que indicaria se realmente a bola ultrapassou a linha do gol é algo necessário, é Blatter - o presidente da FIFA.

Depois da anulação de um gol legítimo e da desclassificação da Ucrânia frente à Inglaterra, volta a discussão o uso da parafernália tecnológica.

Dois sistemas estão sendo analisados pela Fifa. Um deles, chamado Hawk-Eye ("olho de águia"), já usado no tênis e no críquete, foi testado no mês passado num amistoso entre Inglaterra e Bélgica, mas não estava à disposição dos árbitros e delegados da partida.

Um sistema similar, chamado GoalRef ("árbitro do gol"), foi experimentado em dois jogos do campeonato dinamarquês.

A próxima reunião da International Board (dos "velhinhos britânicos") será dia 5 de julho.


O gol ilegítimo da Inglaterra na final
contra a Alemanha na Copa de 66

Alguém acredita que os equívocos da arbitragem são realmente determinantes para a manipulação dos resultados?

É o olho humano ou a corrupção a causa das injustiças no futebol?

Veremos! 

sábado, 23 de junho de 2012

RIVER PLATE VOLTOU!


Grandes Clubes vivem assim: do inferno ao céu, na maior intensidade.

O River Plate caiu o ano passado. Tristeza e revolta de uma imensa torcida.
Um ano se passou, uma mobilização geral ocorreu e o time da faixa vermelha enviesada na camisa branca, hoje, retornou para a divisão principal do futebol argentino.

Até Trezeguet, o consagrado atacante francês de 34 anos, criado em Buenos Aires, se deslocou para o River dizendo que jogaria por amor ao clube. E, simplesmente, os 2 gols da vitória do jogo de hoje – o que assegurou a vaga na 1ª – foram dele!

É isso aí.

Desde o Palmeiras, que caiu em 2002 e, contrariando todo o histórico de viradas de mesa sul-americanas, disputou e venceu a Série B de 2003, fica cada dia mais nítido que clubes grandes vivem péssimos momentos, como qualquer clube, como qualquer instituição.

E, por isso, mostram-se maiores ainda. Pois, na grande adversidade, todos se mobilizam: dirigentes, jogadores, torcedores, tantos e tantos e retornam.

Foi assim com o River, foi assim com o Corinthians, com o Palmeiras, com o Botafogo, com o Atlético Mineiro...
Veja os gols de Trezeguet, contra o Almirante Brown - pra variar o atacante que ageita para o francês estava impedidíssimo no 1º:


GRÊMIO E VIOLÊNCIA


Falar em Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense é, em muitas das vezes, falar em práticas violentas. E isso é exaltado por seus próprios torcedores.
gremio100mil.blogspot.com
O jogo de quinta-feira entre Palmeiras e Grêmio, por tratar-se de uma semifinal de Copa do Brasil, num campo enlameado, era o prenúncio de uma partida não apenas de intensa disputa, com alguns lances ríspidos.
Quem acompanha o futebol com atenção sabia que o jogo teria uma grande tendência a descambar para a brutalidade.

O Grêmio vinha para São Paulo inferiorizado pelo placar adverso da 1ª partida (derrota por 2 a 0).

E em diversas situações semelhantes de um passado que envolve não só decisões contra o Palmeiras, a violência foi sempre um elemento presente nas jogadas tricolores.

Aqueles que envergam a bela camisa dessa potência gaúcha parecem querer demonstrar para sua torcida que se há limitações técnicas o mesmo não ocorre com a força física. Uma forma de desculpar insucessos que, ao mesmo tempo, parece mesmo surtir efeito entre aqueles que, como diz o hino, sempre estão “com o Grêmio onde o Grêmio estiver”.

Quem não se lembra do limitado Sandro Goiano, por exemplo. Jogador que nos anos 2000 tornou-se uma espécie de símbolo desse “estilo de jogo” gremista.

Aqui vale também lembrar um interessante trabalho antropológico: o de Arlei Sander Damo*. Esse pesquisador procura entender as identidades clubísticas dando destaque para as duas forças de seu estado, o Internacional e o Grêmio.

Sobre o Grêmio, Damo revela várias pistas do quanto o clube se coloca como uma instituição que deve representar a parcela “branca e elitista” da população.

Entre outros documentos, o pesquisador usa um documento de 1946.

Trata-se do pronunciamento do presidente do Conselho Deliberativo do Grêmio, emblematicamente chamado de Credo do bom gremista:

“Creio no Grêmio porque, procurando integrar a fórmula do MENS SANA IN CORPORE SANO, ele trabalha para a formação física e mental do homem para as lutas da vida. (...) Creio no Grêmio porque, trabalhando pelo aprimoramento da raça, colabora na formação de uma raça eugênica para o nosso futuro.” (Damo, 42:2002)

Convenhamos, daí para os ideais nazi-fascistas não se precisa dar nenhum mísero passo.

Abaixo, segue um vídeo de cunho gremista sobre as próprias ações violentas:



Aqui, o comportamento do Grêmio em jogo decisivo contra o Atlético Paranaense:



Jogadores do Grêmio usam de brutalidade para tentar frear Valdívia, em seu melhor momento no Palmeiras:

* DAMO, Arlei Sandro. Futebol e identidade social: uma leitura antropológica das rivalidades entre torcedores e clubes. Porto Alegre: Ed. Universidade/UFRGS, 2002.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

CRISTIANO RONALDO MELHOR DO MUNDO... SÓ SE FOR PRA ELE MESMO

A seleção de Portugal bateu os dinamarqueses por 3 a 2, apesar de Cristiano Ronaldo.

Outro dia o atacante Cristiano Ronaldo afirmou se achar o melhor do mundo(!). Hoje, diante de lances ridículos, provocou risos em muitos ou a ira de torcedores portugueses.

A modéstia, todos sabem, está bem longe desse jogador que, por sua vez, é sim um excelente futebolista, de lampejos senssacionais que todos também devem reconhecer.

O que não é possível aceitar é essa imposição em classificá-lo como melhor do mundo. Ainda mais compará-lo com Messi - coisa descabida.

Aliás, como eu e um amigo corinthiano sempre falamos, Edmundo - o Animal, agora comentarista da Band - que gostava de jogar na mesma faixa de campo do C. Ronaldo, foi muito melhor que o português.

E jamais Edmundo chegou perto da fama do Metrosexual jogador do Real Madrid.

Coisas do futebol e do destempero do próprio Animal (termo cunhado por Osmar Santos, diante das atitudes amalucadas do craque dos anos 1990).

Vale ver um dos lances horríveis de Cristiano Ronaldo, hoje e, em seguida ver os gols do jogo - prestando atenção à falha do atacante que se acha, quase atrapalhando a finalização de Silvestre Varela no finalzinho da partida:

segunda-feira, 11 de junho de 2012

FRANÇA EURO 2012 X FRANÇA COPA 2010, POSSÍVEL EXPLICAÇÃO

De um time completamente destroçado, composto de jogadores indiferentes para uma equipe de respeito, com jogadores super empenhados. O que explica?

Após o 1 a 1 entre francêses e inglêses, confirmou-se o que sei viu nos recentes amistosos que a seleção francesa disputou: finalmente, há um time disposto a jogar.

Talvez melhor que qualquer análise tática ou técnica, vale uma análise do vestuário.

Não o modelo da camisa, mas a marca:

A horrível França de 2010 - era a agonia da Adidas:


A ótima França de 2012 - uma Nike maior que o símbolo da FFF:

sexta-feira, 1 de junho de 2012

MEXICO 2 X BOSNIA 1: MÉXICO O PRÓXIMO ADVERSÁRIO DO BRASIL

Boa partida em Chicago, nos EUA! Mas o último lance foi bizarro!

De um lado um México que parecia manter certa "tradição".

A seleção que será a próxima adversária da Seleção Brasileira, no próximo domingo, mais uma vez mostrava um bom jogo, bom toque de bola, com passes curtos alternados alternados com alguns laçamentos que, em contrapartida, não finaliza bem.

- Ressentidos ainda pela falta do grande Hugo Sanches dos anos 1980!? -

Já o adversário, a Bósnia com a escola do leste europeu: futebol interessante, alguns dribles, uma boa defesa. Contudo, que bate, bate, muito!

- Reflexos da guerra, dos constantes conflitos?! -

Até que aos 47 minutos do segundo tempo, o zagueiro bósnia falha de um jeito inacreditável!

Ele conseguiu furar sozinho na áres e... por duas vezes consecutivas.

Um bom jogo que jamais pode ser medido pela estupidez do último lance que deu a vitória para os mexicanos.