O jogador espanhol Javi Poves, que esteve integrado até a temporada passado no Sporting de Gijón B, anunciou sua aposentadoria aos 24 anos.
O interessante é o motivo alegado pelo zagueiro para a atitude:
"Quando era criança, jogava por amor ao esporte. Mas, quando você conhece o futebol, se dá conta de que tudo é dinheiro e que tudo é podre" (...) Do que adiante ganhar € 1000 ao invés € 800, obtendo isso com o sofrimento de muita gente?", declarou Poves, que se define como "antissistema": "(...) O problema é que ou você é de direita ou de esquerda. Não sou nada disso. Sou anti tudo isso".
Javi Poves, ao contrário da maioria dos jogadores trocava o tempo de games, internet e brincadeiras de concentração pela leitura. Afirma ter lido O Capital (Karl Marx) e Minha luta (Adolf Hitler), entre outros e agora tem como plano cursar História.
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A atitude do jogador causou impacto. Dificilmente um jogador ou outro profissional do meio é tão enfático, se pronúncia de forma tão direta quanto as mazelas do meio.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguCvkImUJriC_s0t85yfKghmVA8zx1VkUJVYc7v0jqhuF4Mexhi2OjnhAfVATAlO5EhgcJjMM4ss8nEkqdA0-f1OYKxm4C-fir6BKhOfGIQ3gw9P5SYrqRWynCE0cYUvIAWOI8z_27wsk/s1600/bola.bmp)
Na Europa, em crise, isso se intensifica. Vale neste sentido observar os comentários no site portugues DN DESPORTO, o partidarismo pelo e contra o jogador leva leitores a se agredirem:
O leitor Mateus, coloca em dúvida o real motivo da desistência do jogador:
"Uma bela desculpa para quem sempre foi reserva do colosso sporting de gijon.Mas ainda é jovem,ainda pode ir para Padre ou pastor protestante para ajudar os pobres.Este vai ser pobre a vida toda porque tem medo de ser rico e de ter sucesso."
Antonio Melo, outro leitor, responde:
"Este Mateus deve ser dos 99% que vivem prostituídos e que até a mãe, mulher e filhos venderia para ganhar umas massas".
Como tréplica, diz Mateus:
"António Melo não escondas atrás de um computador, se queres insultar-me e a minha família pode fazer isso ao vivo e a cores num local e dia marcado por ti,eu terei o gosto de levar a minha familia comigo para insultares mas como és um COBARDE e corno já sei que não vais aparecer a minha frente".
Enfim, atitudes como essas, de Javi Pontes, deixam menos monótono os noticiários esportivos mundiais. E fazem notar que o posicionamento político, tanto quanto o futebol, mobiliza paixões!
Azar de quem pensa ainda que futebol é apenas "o ópio do povo".
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