segunda-feira, 25 de julho de 2011

UNS SE INVENTAM, A SELEÇÃO URUGUAIA SE REINVENTA: VITÓRIA DO FUTEBOL!

A vitória da seleção uruguaia frente aos paraguaios foi uma conquista significativa para além dos torcedores da Celeste Olímpica.


Conforme artigo aqui publicado em 21 de julho - “Venezuela, Japão, África: outras geografias do mundo da bola?” - pode-se entender o momento atual como um período de mudanças no universo futebolístico.

As apresentações vitoriosas da seleção da Venezuela, do futebol japonês e do africano, foram citadas no artigo como algo a ser encarado com positividade para os amantes do futebol.

Algo que para muitos pode ser visto de forma completamente inversa com o argumento de que seria a demonstração de um déficit dos países mais tradicionais. Logo, um nivelamento por baixo do futebol como um todo.

Sobre tal questão, não podemos deixar de mencionar o bate-papo entre Zico e Mauro Beting no programa que apresentam na TV Esporte Interativo – “Zico na Área”. Coincidentemente, poucas horas depois da postagem deste blog, enquanto o respeitado jornalista dizia que era o cúmulo ter que torcer para a Venezuela, o Galinho retrucava, afirmando repetidamente que torcera como um louco para os venezuelanos diante do Paraguai. Zico também citava as semelhanças de tal situação com os avanços do futebol japonês.


Sem desmerecer Mauro Beting, ficamos mesmo com Zico!

Largando os preconceitos que um passado apagado no campo futebolístico pode trazer, vale rever – ou ver, para muitos – as belas jogadas, sempre em profundidade, em direção ao gol, da equipe venezuelana contra os paraguaios. Era difícil não torcer para aquela equipe de vermelho vinho diante dos seus dribles, dos seus passes e das suas bolas na trave.

Uma vontade que aumentou na medida em que a seleção paraguaia apresentava uma característica que suas diversas equipes continuam monotonamente repetindo há tempos: a retranca que a transforma num time tão difícil de vencer quanto de ser vencido – Neymar, Pato, Ganso e os demais “Manos” que o digam.

Assim, vale aqui destacar que a vitória da seleção do Uruguai foi tão positiva para o momento que atravessamos no futebol quanto as vitórias do Mazembe, da Venezuela e da seleção japonesa.

Ao contrário dos paraguaios, desde a derrota para os australianos em 2006 – quando perderam a vaga para a Copa da Alemanha – a Celeste Olímpica mostra um comportamento tático muito diferente do que vimos durante décadas, em que as equipes confundiam “raça” com agressão, jogo com anti-jogo.

Vale lembrar que nesse quesito os paraguaios mostram uma insistência ímpar, basta ver – repetimos – a prorrogação contra os venezuelanos, principalmente em seu segundo tempo.

2014 está aí. Os uruguaios também!
 
 
 
 
 
 

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