Neste momento está acontecendo a partida FC Barcelona X SC Internacional de Porto Alegre, jogo válido pela Copa Audi 2011. Assisto pelo canal Esporte Interativo. Acabou o 1º tempo e o placar está 1 a 0 para o Barça.
Próximo aos 10 primeiros minutos, o comentarista Victor Ségio Rodrigues, numa atitude negativa para os interesses da própria emissora em que trabalha, afirma categoricamente que o Barcelona e os demais times europeus não estavam muito interessados no torneio. Só o Internacional via o torneio com grande seriedade, time brasileiro desejoso por aparecer no exterior.
Não que o torneio não seja mais um caça-níqueis - diga-se, algo que move o futebol e que não é de hoje. Contudo, esse discurso de que só brasileiros e demais sul-americanos se preocupam com esses jogos é, no mínimo, precipitado.
14 minutos de jogo, falta perigosa para a meta do Internacional:
De Iniesta, para Afellay(?), que faz a parede e toca imediatamente para Tiago Alcântara, uma triangulação com passes de menos de três metros, alta precisão e agilidade e... gol do filho do grande Mazinho.
Foi um gol surgido de um lance de falta, na entrada da área, em que os jogadores mal se olharam... É evidente que os craques do Barça não adivinharam onde estavam seus respectivos companheiros. É jogada treinada. Muito bem treinada.
Questão: eles não se prepararam para jogar com o Internacional de Porto Alegre???!!!
O pior é que não vemos, não ouvimos, nem Victor Sérgio Rodrigues, nem outros comentaristas se retratando, revendo posições, diante desses casos.
Resultado: torna-se verdade incontestável a superioridade europeia sobre as equipes sul-americanas, principalmente brasileiras.
No exemplo do Inter, a vitória lá de 2006 sobre o Barcelona de um Ronaldinho Gaúcho em seu auge é justificada pelo discurso de que o Barça via a partida com o desprezo de um mero jogo-treino. A possível derrota, ou o gol sofrido de jogada ensaiada, são reverenciados como a capacidade inata de organização europeia.
Dizer que as equipes europeias estão nessa época em inicio de temporada e que têm desvantagem em relação aos acertos normais técnicos, táticos e físicos das peças em tal fase de preparação é uma coisa. Outra é desmerecer o futebol brasileiro.
Observação:
Último lance do primeiro tempo, Andrezinho parte pela esquerda, dribla Busquets na beirada do campo, fica livre para se dirigir ao gol, até que... É puxado pela gola da camisa, Busquets quase arranca à força o uniforme branco do Inter e o árbitro dá o cartão amarelo para o lance do zagueiro Barça. A partida está equilibrada.
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