quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

ADEMIR DA GUIA NASCIA PARA O PALMEIRAS HÁ 50 ANOS

Em 22 de fevereiro de 1962, no Pacaembu, num jogo pelo saudoso torneio Rio-São Paulo, Palmeiras e Corinthians se enfrentaram.

O resultado foi 3 a 0 para a equipe de Palestra Itália.

A goleada sobre o arqui-rival não foi, nem de longe, o grande motivo que os palemirenses tiveram para guardar em sua memória tal partida.

Sobre a capacidade técnica e a
biografia, vale assistir o filme
Pois, foi ali que o time alvi-verde ganhou seu maior ídolo. O grande camisa 10. O craque na versão esmeraldina  que, por sua vez, fez frente aos maiores donos desse número - 10 que, na época, existiam às pencas.

Ademir da Guia, filho de nada mais nada menos que o grande Domingos da Guia. Portanto, visto como herdeiro de uma unanimidade da primeira geração de craques do futebol brasileiro. Filho de Divino, como era reconhecido o pai, craque de Flamengo, de Corinthians, de Nacional de Montevidéu e de Bangu.

Bangu que também conduzira Ademir ao futebol. Bangu que, num jogo pelas categorias de base, mostrou um garoto de passadas largas e firmes, que ditava a temporalidade da partida ao seu bel prazer.

Filho de Divino, com características de Divino e, por isso, também Divino!

Enfim, Ademir há 50 anos nascia para o Palmeiras.

Um craque que se destacou entre os maiores craques. Mas que, por capricho, ficou confinado ao mundo verde. Jamais quis brilhar por outras cores. A não ser pela amarelinha - que, aliás, ao genial Divino sempre desdenhou.

Vale, para refletir sobre tal desdém, trazer as palavras do grande Domingos da Guia, entrevistado a repeito da eliminação do Brasil, ainda na primeira fase, na Copa de 66 (da Inglaterra).

Ao ser perguntado se culpava o resultado negativo à falta de condição física à comissão técnica e às convocações de Garrincha e Pelé, Domingos responde prontamente:

Eles erraram desde o começo. Ou deixavam o Paulo de Carvalho [o chefe das delegações de 58 e 62]com o Feola [técnico cameão de 58], ou sem o Feola. O que não era possível, era o Feola sem o Paulo de Carvalho. Ele era o chefe da família! Outra coisa: não levaram novos valores. barraram meu filho e o Dudu. Que pelo menos levassem o Dudu. Levaram um time de velhos!"
naareadopalestra.wordpress.com
(entrevista cedida ao Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro, no final da década de 1960).

Para quem quiser saber mais, vale ir à página do Palmeiras.

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