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Marketing: ação e reação!
Como já disseram Racionais Mc's, na voz de Mano Brow, "O Carnaval era uma festa do povo, era...". Isso, aliás, não é novidade para ninguém.
Como se diz por aí, em nossos tempos, a industria do entretenimento cresceu tanto que não há mais espaço para "amadores".
O problema, então, não está mais em pensar o quanto festas e competições populares - como, escancaradamente, o são o futebol e o carnaval - servem aos interesses capitalistas e por tais interesses são manipulados.
Não há mais o pudor em tentar esconder tais jogos de interesse que, neste campo, estão envolvidos.
Contudo, cabe refletirmos o quanto as ações capitalistas, na ância de fazer parte desses mega-eventos da indústria do entretenimento, podem também tomar os pés pelas mãos. Servir como uma espécie de tiro no próprio pé das empresas.
Um ótimo exemplo, e o mais recente, é o da Trasitions.
A empresa que se diz "líder mundial em tecnologia fotossensível para lentes", com diversas fábricas espalhadas pelo mundo - EUA, Irlanda, Filipinas, Tailândia e Brasil - patrocinou o Grêmio Recreativo Cultural Social Escola de Samba de Casa Verde, a Império da Casa Verde, de São Paulo.
O enredo ‘Na ótica do meu Império, o foco é você’, tinha por objetivos óbvios promover a marca sob o argumento de uma ação social voltada para a saúde visual:
"Queremos aproveitar a descontração de uma festa como o Carnaval para chamar a atenção da população para os cuidados com saúde, conforto e proteção dos olhos. O tema já faz parte de todas as campanhas da empresa, mas agora estamos ampliando o trabalho de conscientização de uma forma leve e divertida”, afirmou Vanessa Johns, diretora de Marketing da Transitions ao site mundodaoptica.com.br
E, então, veio o desfile.
Pelo sambódromo, a ação de marcketing da empresa foi cantada em verso e prosa.
Pelo sambódromo, a ação de marcketing da empresa foi cantada em verso e prosa.
E, depois, a apuração.
Um rapaz da diretoria da Escola Império da Casa Verde, vestindo a camisa que estampava mais o nome do patrocinador que o da Agremiação e o de seu samba, numa atitude insana, corre, pula, agride e rasga as notas ainda por sererem divulgadas.
Um rapaz da diretoria da Escola Império da Casa Verde, vestindo a camisa que estampava mais o nome do patrocinador que o da Agremiação e o de seu samba, numa atitude insana, corre, pula, agride e rasga as notas ainda por sererem divulgadas.
Logo, após os fatos de ontem, a ação de marketing terá que passar por diversos questionamentos.
A imposição de marcas no universo do samba, assim como no do futebol, descaracterizando festas, agremiações, competições, é algo que vem de cima para baixo com mão de ferro.
Contudo, a reciproca pode ser a mesma!
Veja, a exposição conseguida pela empresa:
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