terça-feira, 4 de outubro de 2011

ESTADO X FIFA: NESSE JOGO JÁ SE SABE O RESULTADO

O impasse entre governo brasileiro e FIFA é o melhor exemplo para se refletir sobre a atual ordem mundial e o declínio dos Estados Nacionais.

A FIFA mais que propõe, exige: o governo brasileiro terá que alterar leis, como as que constam no Estatuto do Idoso e do Torcedor.

Devido aos interesses muito próprios da FIFA, os brasileiros são forçados à alterarem direitos e deveres estabelecidos pela Constituição.

Dessa forma, a FIFA impõe que se deixe de oferecer a meia entrada à terceira idade, ao  estudante, ou que, durante o período da Copa do Mundo, em 2014, o comércio de bebida alcoólica seja autorizado nas arquibancadas dos estádios-sedes do evento.

Leis que estão na Constituição de um país soberano sofreriam alterações momentâneas, sob o peso da influência de uma entidade esportiva que se mostra muito mais forte do que qualquer Estado.

A FIFA se coloca como uma entidade supranacional, que não segue nenhuma normativa por parte de instância alguma.

Dá, portanto, sinais de forças ainda maiores que da própria ONU, pois suas decisões não passam pelo crivo de nenhuma discussão, a não ser aquela que ocorre nas próprias entranhas da entidade.

É a demonstração, em pleno século XXI, de um extremo autoritarismo, que revestido por uma petulância ímpar interfere sem nenhum tipo de cuidado nos rumos de qualquer nação ao seu bel-prazer.

Logo, pode-se afirmar, sem medo algum de errar, que a FIFA está entre o que há de mais anti-democrático nas intâncias ocidentais da sociedade contemporânea.



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