quarta-feira, 30 de novembro de 2011

EDUCAÇÃO E FUTEBOL: HABILIDADES E COMPETÊNCIAS ALÉM DOS GRAMADOS

Os trabalhos de base, de formação de atletas no universo futebolístico, podem gerar bons frutos não só para os clubes e o futebol, mas para toda a sociedade.

Enorme parcela da sociedade possui um grande interesse pelo futebol. Inúmeros jovens demonstram não só paixão por clubes e pela prática do jogo, como também sonham em se tornar profissionais da bola.

Por que não, se é dessa forma, promover uma real e intensa aproximação entre o ensino técnico e tático do futebol com outras instâncias da educação? Priorizando, assim, a formação de indivíduos plenos de uma consciência cidadã.

Para isso, estudiosos e educadores das mais variadas áreas tentam se inserir no universo futebolístico. O que, evidentemente, não é nada fácil. Dificuldades imensas, como as que enfrenta o cientista Miguel Nicolelis.

Nicolelis é um dos brasileiros mais bem sucedidos fora do país hoje em dia, com trabalhos pioneiros em esforços de integração do cérebro humano com máquinas. Lidera um grupo de pesquisadores da área de Neurociência da Universidade Duke (Durham, EUA), em parceiria com a Universidade Federal de Natal-RN, com o objetivo de desenvolver próteses para reabilitação de pacientes que sofrem de paralisia corporal.

Palmeirense fanático, de vestir o manto verde em conferências internacionais - como uma conferência na Suécia, que caíra juntamente no dia do aniversário do clube -, o médico e cientístia, em 2010, entregou para a diretoria do Palmeiras um projeto educacional destinado às categorias de base do clube.

Segundo o UOL-esportes, o cientista conta que o então presidente Luiz Gonzaga Belluzzo se entusiasmou com a ideia da Academia de Estudos, mas que a proposta não encontrou continuidade na gestão de Arnaldo Tirone:
“'Ainda estou esperando a atual administração se manifestar (...) O futebol tirou muito da sociedade brasileira e deu muito pouco em troca. Esse é um quadro que a gente precisava mudar'” - disse Nicolelis.

Nesse sentido, vale se atentar para o que diz também Fabricio Souza da Silva, um jovem estudante de Educação Física e, entre outras atividades, Supervisor Técnico do Centro Esportivo Ubaense. Ao se referir sobre os resultados de um bom trabalho realizado através de clubes formadores de atletas, afirma:


"De fato, as diretrizes do processo de formação agregam valor aos atletas e mesmo que alguns não cheguem a virar profissionais no futebol, carregarão consigo a importância do trabalho coletivo, o respeito ao ambiente em que se vive e a capacidade de sempre ir atrás dos objetivos traçados para suas vidas".

Já está mais do que na hora, que o país que se diz "do futebol" e que está em plena preparação para a realização de sua segunda Copa do Mundo, reveja a relação entre estudiosos e eudcadores - das mais diversas áreas - e o futebol, sobretudo, na relação dos jovens com a prática.

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