Ontem, dia 14 de janeiro, os treinadores de futebol comemoraram seu dia.
Em 1993, Itamar Franco – presidente da República da época – assinou o decreto-lei 8.650 que estabeleceu o dia 14 de janeiro como dia oficial dos treinadores de futebol no Brasil.
Apenas para mencionar alguns nomes deste que como outros profissionais sofre pressão de todas as direções – de seus superiores na administração do clube aos torcedores – vale usar alguns dos principais nomes ligados à história da Seleção Brasileira.
Evidente que aqueles felizardos que tiveram o seu nome atrelado à formação e direção do selecionado brasileiro de futebol tiveram dias turbulentos, mas de muita evidência pública. Por isso mesmo é que vale citar alguns:
soccermound.com |
Adhemar Pimenta – técnico da Seleção de 38, a equipe que surpreendeu os europeus com seu estilo, na época, visto como peculiar de jogar:
O craque Zizinho “(...) ao se referir à primeira vez que fora chamado para a Seleção Brasileira, o jogador fez questão de citar uma passagem a respeito de quando, durante aquele Campeonato Sul-americano de Montevidéu, em 1942, o técnico da equipe, Adhemar Pimenta, veio lhe falar (....): ‘O meu titular é você, mas o Tomás Mazzoni, um cronista de São Paulo, está impondo que jogue o Servílio, e eu vou escalar o Servílio, disse o Ademar Pimenta. Eu joguei metade das partidas, e o Servílio jogou a outra metade...”. (DEPPA BANCHETTI, 2011: 108-109)
Flávio Costa |
* O depoimento de Zizinho ao Museu da Imagem e do Som foi dado no dia 31 de maio de 1985
Flávio Costa – da Seleção vice-campeã do mundo na Copa de 1950.
Flávio Costa escalou Moacir Barbosa, quase um desconhecido. Em São Paulo falava-se nele. No Rio nunca se ouvira falar. Era a primeira melhor de três contra a Argentina na Copa Roca de 45 (...).(RODRIGUES FILHO, 1964: 312).
corcorinthiano.zip.net |
Zezé Moreira – sob seu comando a Seleção Brasileira sagrou-se campeã em gramados estrangeiros pela primeira vez, no Pan-Americano de 1952:
“(...) por parte de David Nasser, o mesmo que previra de forma muito antecipada esta situação, recaía sobre Zezé Moreira toda a culpa a respeito da derrota e, histórias como essa abalavam a imagem de sério profissional que o técnico da Seleção Brasileira da Copa de 1954 construíra em toda a carreira como futebolista”. (DEPPA BANCHETTI, 2011: 235)
Em resumo,
lembrando de tantos e tantos nomes de grandes entendidos do futebol,
dos que tiveram mais ou menos sucesso,
o que vale mais é deixar aqui uma afirmação de um experientíssimo Zezé Moreira,
já no final de sua vida, calejado com o futebol, disse:
“Melhor do mundo é aquele que ganha”.
BANCHETTI, Luciano Deppa. Memórias em jogo: futebol, Seleção Brasileira e as Copas do Mundo de 1950 e 1954. Dissertação de Mestrado. PUC-SP. 2011.
RODRIGUES FILHO, Mário. O negro no futebol brasileiro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1964.
RODRIGUES FILHO, Mário. O negro no futebol brasileiro. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1964.
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