Alexandre
Pires conseguiu de novo!
Não
bastou em um passado não tão distante o artista chorar dianta da emoção (!?) de
ter cantado para George W. Bush – o presidente dos Estados Unidos que não
titubeava em mandar bomba sobre as cabeças de pessoas mundo a fora.
Agora,
Alexandre Pires lança um clip muito pobre usando a imagem, no mínimo
problemática, do funkeiro Mr. Catra.
Clip tão
miserável na questão da letra, da música e das imagens que procura impressionar
pelo forte cunho preconceituoso.
Basta
ver o clip “Kong” que se percebem diversas táticas para chamar a atenção, custe
o que custar. Seja pela exposição forçada da mulher como mero objeto sexual, seja
pela exposição do homem negro como um ser animal.
Há
ainda outros elementos que fazem parte dessa ação de mercado de extremo mau
gosto.
O apelo
ao uso de uma figura emergente do futebol: Neymar. Por tabela, o jovem ídolo
acaba por causar desgaste tanto sobre sua imagem como sobre a do Santos.
Vale
lembrar que o clube da Baixada se carcterizou historicamente pela força emanada
de exaltados craques negros: de Pelé à Coutinho, de Juari à Robinho e de tantos
outros.
Apela-se
também para forçar uma relação com o fenômeno “Ai, se eu te pego!”, de Michel
Teló.
Isso é
o que procura mostrar uma matéria da Rede Globo do Triângulo Mineiro em que se
força a barra para relacionar a “dança do Kong” a uma comemoração de Daniel
Alves, após um gol pelo Barça. Claro que no meio da matéria não se deixa de
citar o repetitivo e também problemático – do ponto de vista racial – refrão da
música.
Nada é
novo. Nem mesmo a tal ideia de relacionar negro, sexo, mulher e King Kong. Em abril de 2008, causou grande repercussão a capa da balada revista Vogue.
Gisele
Bündchen e o jogador de basquete da NBA LeBron James são mostrados de corpos
inteiros, com o jogador curvado, com o seu braço em volta da cintura de modelo.
A capa foi acusada de preconceituosa por fazer alusão ao cartaz do filme King
Kong, de 1933.
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