quarta-feira, 23 de maio de 2012

ALEXANDRE PIRES, MR. CATRA E (ATÉ) NEYMAR: CAMPEÕES DO MAU GOSTO!

Alexandre Pires conseguiu de novo!
Não bastou em um passado não tão distante o artista chorar dianta da emoção (!?) de ter cantado para George W. Bush – o presidente dos Estados Unidos que não titubeava em mandar bomba sobre as cabeças de pessoas mundo a fora.
Agora, Alexandre Pires lança um clip muito pobre usando a imagem, no mínimo problemática, do funkeiro Mr. Catra.
Clip tão miserável na questão da letra, da música e das imagens que procura impressionar pelo forte cunho preconceituoso.
Basta ver o clip “Kong” que se percebem diversas táticas para chamar a atenção, custe o que custar. Seja pela exposição forçada da mulher como mero objeto sexual, seja pela exposição do homem negro como um ser animal.
Há ainda outros elementos que fazem parte dessa ação de mercado de extremo mau gosto.

O apelo ao uso de uma figura emergente do futebol: Neymar. Por tabela, o jovem ídolo acaba por causar desgaste tanto sobre sua imagem como sobre a do Santos.

Vale lembrar que o clube da Baixada se carcterizou historicamente pela força emanada de exaltados craques negros: de Pelé à Coutinho, de Juari à Robinho e de tantos outros.
Apela-se também para forçar uma relação com o fenômeno “Ai, se eu te pego!”, de Michel Teló.

Isso é o que procura mostrar uma matéria da Rede Globo do Triângulo Mineiro em que se força a barra para relacionar a “dança do Kong” a uma comemoração de Daniel Alves, após um gol pelo Barça. Claro que no meio da matéria não se deixa de citar o repetitivo e também problemático – do ponto de vista racial – refrão da música.
Nada é novo. Nem mesmo a tal ideia de relacionar negro, sexo, mulher e King Kong. Em abril de 2008, causou grande repercussão a capa da balada revista Vogue.
Gisele Bündchen e o jogador de basquete da NBA LeBron James são mostrados de corpos inteiros, com o jogador curvado, com o seu braço em volta da cintura de modelo. A capa foi acusada de preconceituosa por fazer alusão ao cartaz do filme King Kong, de 1933.

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