Estava claro que em poucas horas a
notícia da aprovação da PEC 241 chegaria...
Outro dia difícil.
Mais um dia em que nem o futebol me entusiasmava. Temer é o
que basta!
Em épocas de neoliberalismo de uma eficácia maior que a do
Barcelona de Guardiola em posse de bola, a depressão vence de goleada.
Ver, no máximo, uma França bater a Holanda por um mísero gol
não empolgava. Nunca seria suficiente para conter a insistente frase “Vamos
tirar o Brasil do vermelho”, de parlamentares nível verde-amarelo CBF.
Assim, procurei num canto esquecido do meu peito minha
cinefilia.
Lembrei-me dos muitos filmes que me prometi assistir, mas a
falta de tempo e o amor pelo futebol não deixaram.
Busquei via Youtube um clássico do expressionismo alemão:
Metrópolis.
![]() |
O ditador-empresário de Metrópolis, Jho Fredersen, interpretado por Alfred Abel (tvtropes.org). |
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Michel Temer (commons.wikimedia.com), de vice à presidente do Brasil (semelhanças?). |
Um filme de 1927, de Fritz Lang (o gênio do cinema que
recusou trabalhar para Hitler).
Trama que se passa num 2026 dominado por um autocrata,
que governa única e exclusivamente para o capital, em benefício de uma elite
que se esbalda nas regalias do moderno, em detrimento dos trabalhadores - os que
realmente constroem e mantém aquela sociedade - e que. por sua vez, vivem literalmente
no subsolo.
Obra que serviu de inspiração para “Tempos Modernos” de Charles Chaplin, para
os vários e vários filmes de ficção que Hollywood criou por todo o século XX e
XXI, para o universo Pop (de Beyoncé e Lady Gaga, por exemplo).
Crítica ao totalitarismo e, ao mesmo tempo, ao
posicionamento judeu e ao messianismo. Sem esquecer de Maria e a figura ambígua
do feminino.
Enfim, um filme mudo, em preto e branco, de 1927, futurista
e muito atual...
Para saber mais sobre “Metrópolis”:
O filme:
Há uns anos atrás, tive que apresentar um seminário sobre o movimento artístico Art Déco. Ao indagar meu professor de História da Arte sobre o tema, lembro claramente do entusiasmo dele falando sobre os fatos marcantes que aconteceram no período. Um deles foi a produção desse filme Metrópolis, do cineasta Fritz Lang, tão a frente do seu tempo. Fiquei tão curiosa que comprei o filme. Mas a correria de final de curso, me fizeram guardá-lo e acabou caindo no esquecimento... Até ontem quando li seu texto.
ResponderExcluirLembrei também que tenho um filme muito bom "Agonia e Êxtase" (esse eu assisti!) que retrata as divergências de Michelangelo e o papa Julio II sobre a pintura da Capela Sistina. Sensacional!
Obrigada por nos elucidar, não somente sobre futebol, mas mostrar suas relações com tantas outras coisas! Parabéns pelo blog!
Obrigado, pela leitura e pelos elogios!
ExcluirClaro, parabéns também pela vitória do seu tricolor sobre o meu Verdão (ontem, de novo de azul...).
Foram dois duelos dignos da nossa rivalidade.
Parabéns, mesmo.
Abraços fraternais!!!
Luciano
Obrigada Luciano!
ResponderExcluirTem azul no verde, lembre-se disso!
Que a rivalidade fique apenas dentro do campo.
Apesar de tudo, continue escrevendo!
Abraços...
Giovana
Obrigada Luciano!
ResponderExcluirTem azul no verde, lembre-se disso!
Que a rivalidade fique apenas dentro do campo.
Apesar de tudo, continue escrevendo!
Abraços...
Giovana