quinta-feira, 3 de julho de 2014

NEYMAR, JÚLIO CÉSAR E THIAGO SABEM QUE 1950 NÃO ESTÁ TÃO LONGE DE 2014

Sobre os choros, as dores, os temores dos garotos da Seleção – e são garotos mesmo! – é preciso compreensão.

Não se pode esquecer que por mais que Neymar, Júlio César, Thiago Silva e outros não tenham estudado profundamente o caso, é obvio que eles têm certo conhecimento do mundo do futebol e, principalmente, da história do futebol brasileiro.

Eles sabem o que lhes aguarda caso haja uma derrota. Não importa como joguem.

Eles sabem como está sendo a vida de Dunga e como foi o ostracismo de Lazaroni.

Sabem também como foi dolorido até o fim para Feola - mesmo que ele tenha sido o técnico do 1º título, em 1958. Vicente Feola morreu triste, após a eliminação de 1966.

E o que dizer de 1950? Eles, os nossos craques de hoje, que estão se matando quase que literalmente em campo, de alguma forma já ouviram dizer o que eu acabei por estudar (Memórias em jogo: futebol, Seleção Brasileira e as Copas do Mundo de 1950 e 1954).

Eles sabem que a 1ª Copa no Brasil, apesar do vice-campeonato, foi catastrófica para as biografias dos envolvidos.

Coluna de Odilon Braz no semanário Mundo Esportivo, 
de São Paulo, edição de 21/07/1950
(http://impedimento.org/
direto-de-1950-uma-cronica-do-maracanazo/)
Zizinho, Bigode, Zezé Moreira, Barbosa e outros, tiveram suas vidas prejudicadas irreversivelmente. As memórias desses vice-campeões – nunca o Brasil havia chegado tão longe – denunciam o arraso que o Maracanazzo causou às suas respectivas vidas.


Mário Filho, José Lins do Rego e outros mostraram direitinho como a imprensa devia fazer. E hoje, a maioria de nossos jornalistas são catedráticos em tal doutrina.



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