terça-feira, 10 de junho de 2014

COPA DAS COPAS E O HOMEM CORDIAL

Levar vantagem em tudo, um lema de muitos.

Triste perceber o quanto estamos rodeados pelo individualismo, egoísmo puro e simples. 

E a  Copa do Mundo no Brasil de 2014 permite que isso fique claro.

A cidade que pleiteia o movimento num dia e, dado aos limites do evento, não se torna sede ou recebe delegações, simplesmente passa a ignorar tudo. 


Famoso comercial do craque Gerson,
tricampeão de 1970.
Ao contrário das outras cidades da região, no início do torneio com a Seleção Brasileira jogando não decreta feriado, não menciona de jeito nenhum a Copa a não ser para difamá-la.

O mesmo acontece com muitas pessoas.


"Não consegui ingresso, não lucrei de alguma forma com isso, escracho com tudo." Mas, na hora de uma farrinha, horinhas de festa, descontração, passam subitamente ao verde-amarelismo. 

Odeiam futebol, mas no dia que cismam à torcer, cornetam como se vivessem uma enorme ligação com o jogo.

Aqueles que têm seu emprego, sua renda razoável, e naturalmente ficam de fora dos programas assistenciais, se mordem com o auxílio.

 
Terrível demonstração do que Sérgio Buarque de Holanda definiu um dia como Homem Cordial.

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